ALESSA
Nós ficamos naquela caverna até o fim da tarde. Mesmo com o jeito meio bruto de Connor, foi divertido, nós nadamos, rimos e conversamos, foi legal.
Quando enfim saímos da cachoeira eu olhei para trás e fiquei pensando em quando voltaria, não era longe, mas não sabia quando ele ia ter tempo outra vez.
— Me responde uma coisa ?...—
— O que ? —
— Esse seu trabalho...é só garantir a segurança das pessoas e tá tudo certo ? — Me olhou como se eu fosse um alien.
— Que pergunta aleatória é essa ? —
— Me veio a cabeça...só isso —
— Esquece isso e vem ! Vou te mostrar as árvores que falei antes —
— Achei que tinha se esquecido —
— Claro que não — Disse ao terminar de colocar a própria camisa.
Pegou a bolsa do chão juntamente com sua arma e chapéu. Outra mulher estaria morrendo numa hora dessas, sua camisa molhada estava colada no corpo musculoso pelos pesos do campo e aquele chapéu dava o toque final em tudo.Saiu andando na frente e me pedindo para ter cuidado.
Seguindo por outra trilha, não demorou para que estivéssemos numa espécie de circulo feito pelas arvores.
— É aqui...— Ele sorriu.
— Como ele consegui fazer com que elas crescem assim ? —
— Plantou em círculo ? — Riu respondendo num tom óbvio.
— Eu sei, mas são arvores com frutos completamente diferentes, eu não sou nenhuma especialista, mas acredito que nem a época delas são as mesmas — Aquilo era incrível.
— Não, realmente não são, apenas duas são da mesma época. Eu também nunca consegui explicar, mas naquela cachoeira e aqui, eu consigo pensar, e meus problemas voam, minha mente fica leve. Meu avô era um homem de muita fé, eu diria que esse lugar é, magico ? —
— Espiritual...— Sorri passando a mão pelo corpo áspero de uma das arvores. — É lindo...— Sussurrei olhando pra uma das flores de maracujá.
— Quer subir ? —
— Oque ? Claro que não ! — Ele deixou as coisas nos chão e foi se empoleirando numa arvore afastada daquelas, que por sua vez, tinha o tronco grosso e espalhado, com galhos espeço e firmes.
Connor chegou o mais alto que podia e olhou tudo em volta.
— Vem Alessa ! —
— Não, eu nunca fiz isso...— Ele riu.
— Esqueci, dentro do castelo não tem arvores, não é ? — Revirei os olhos vendo ele descer outra vez. — Vamos, eu te ajudo, não tem segredo, ela não esta podre e é só procurar as partes mais firmes — Segurou uma de minhas mãos.
— Eu não me sinto segura —
— Não se sente segura comigo ? — Me encarou.
— Eu não quis dizer isso...eu não me sinto segura subin...— Fui interrompida.
— Eu entendi, estou brincando com você. Mas tenta, não vai se machucar, eu prometo — Bufei apertando a mão dele. — Abraça aquele galho — Falou simples.
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...