ALESSA
Levantei-me cansada, meu corpo exausto implorava por mais algumas horas de sono, mas tinha que fazer a mala para aquela infeliz viagem.
Olhei Connor ainda dormindo e sorri.
Ele parecia relaxado e bem tranquilo. De certa maneira eu achei que ele sentiria mais pela minha partida, mesmo que o retorno fosse rápido. Afinal, estávamos juntos ou algo assim, né ?
Coloquei uma camisa dele e fui para meu quarto. Escolhi algo quente para vestir e corri para o banheiro, o frio estava matando.
Depois de pronta, sai indo até a cozinha, coloquei água no fogo para fazer café e tirei meu roupão de frio do chão.Ri olhando meu vestido em cima da mesa e o recolhi também.
Levei tudo de volta ao cômodo em que me instalei desde minha chegada e puxei a mala de dentro do guarda-roupas de madeira trabalhada.A abri em cima da cama e fui colocando tudo que achava que precisaria nesses poucos dias.
O clima de Washington também estava frio nessa época, então foi bem fácil. Quando terminei, separei a roupa que usaria para ir até lá.
Meu par de botas desenhadas e uma calça jeans clara. Por cima uma blusa preta, de mangas longas e gola alta pra acompanhar, uma jaqueta preta forrada de lã branca por dentro.
Ouvi um barulho no chão de madeira e me virei rapidamente. Era Connor entrando no quarto.
— Quer me matar do coração ? —
— Não, mas fiquei impressionado com a sua agilidade —
— Acho que suas aulas estão funcionando, não ? —
— Sim, acho que sim —
— E então ?...Tenho que ir mesmo ? —
— Sim, e eu vim te trazer isso — Me entregou uma coisa preta dentro de um saco plástico, não era muito grande. — Não esqueça de levar —
Abri curiosa e deixei um sorriso escapar.
— Uma touca com dois pompons ? —
— Achei a sua cara, princesa —
Coloquei após soltar meus cabelos e ajustei os pompons, ficava um de cada lado de minha cabeça.Me olhei no espelho.
— Estou parecendo um urso gor...— Fui interrompida.
— Gostoso ! Está parecendo uma ursa pra lá de gostosa e fofa ! — O tom foi de correção.
Ri voltando até ele.
— Amei minha touca, obrigada —— Tem mais...— Entregou-me uma caixa não muito grande embrulhada e amarrada com um laço vermelho.
— Nossa. Quantos presentes — Sorri e fui logo abrindo.
Vi um celular e abri a boca, completamente impressionada.
— Não precisava, você sabe, né ? —
— Sim, precisava. Já tem meu número, o que precisar pode me ligar ou mandar mensagem, assim estreia seu presente — Me lançou uma piscadela.
— Meus presentes ! — O corrigi passando a mão num dos pompons da toca e abracei ele.
— Tem mais —
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Inevitável
RomanceEm um noivado atormentado, Elisa, uma jovem mulher fora dos padrões precisa de ajuda, mal sabe que em pouquíssimo tempo sairá do cárcere em que vive. Ela terá uma nova identidade e será cuidada por David Connor. Um cowboy amargurado, veterano, que n...