Hora de brilhar

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— Eu prometo vir te visitar no meu intervalo, ok? — Emma falou enquanto abraçava Madelyn pelo que parecia ser a centésima vez.

— Pelo amor de Deus, você vai sufocar ela! — Killian exclamou. — E a gente vai se atrasar no primeiro dia de trabalho!

— Tá bom, tá bom. — A loira fungou, abraçando sua filha uma última vez antes de se afastar para acariciar as bochechas rosadas da mesma.

Madelyn usava seu vestido favorito, um vestido azul-claro com flores brancas estampadas em todos os lados. Carregava uma mochila em formato de joaninha que tinha dentro seu lanche, um livro de colorir, alguns lápis de cor e seu coelho Teddy. Seus cabelos escuros estavam presos em marias-chiquinhas, enfeitadas por presilhas em formato de borboletas e por fim, em seus pés usavam sapatilhas de cor branca.

Seus olhos verdes âmbar brilhavam de animação com a ideia de fazer novos amigos e um sorriso grande estampava seu pequeno rosto.

— Você vai ficar bem. – Emma repetiu, sentindo seu coração apertar.

Nunca havia ficado muito tempo longe de Madelyn. Claro que durante a faculdade tinha aulas e a deixava em uma creche que havia no fim da rua, mas seus professores sempre diminuíram os horários de estudo da loira.

Compreendiam perfeitamente que ela tinha um bebê lhe esperando e alguns até deixavam ela levar Madelyn para suas aulas. Mas agora era diferente.

Agora ela iria passar seus dias no hospital e só de pensar que faria plantões de quarenta e oito horas apertava seu coração. Isso significava quarenta e oito horas sem ver sua preciosa filha.

A creche era um quarteirão depois do hospital, isso significava que ela poderia tirar sua hora de almoço para ir para a creche passar seu tempo vago com Madelyn, o que não era tão ruim.

— E se você sentir medo, é só pedir para a tia Betty me chamar. — Ruby se agachou ao lado de Emma e sorriu docemente para Madelyn enquanto apontava para a mulher mais velha que esperava pacientemente a loira se despedir de sua filha.

Isso acalmou um pouco seu nervosismo.

O restaurante de Ruby era perto da creche de Madelyn e saber que algum conhecido ficaria perto o suficiente para atender as necessidades de sua filha quando ela poderia estar presa no hospital lhe acalmava.

— Mas você é corajosa, não é, senhorita Maddie? — Killian sorriu, erguendo a mão para lhe fazer cócegas, o que faz soltar uma risadinha.

— Eu sou colajosa! — Exclamou sorrindo.

— Eu te amo tanto, minha bebê. — Emma sorriu, acariciando suas bochechas. — Você ama a Mama?

— Eu te amo, minha Mama! — Madelyn sorriu, e então se lançou no colo da mãe, a apertando com força, o que fez com que a loira segurasse as lágrimas e a abraçasse de volta.

Emma se afastou e beijou seu pequeno nariz, em seguida esfregando seu nariz com o dela, o que fez a menina rir.

— Gostaria de adicionar outras pessoas para a pegarem da creche ou só você terá autorização? — Betty, uma das mulheres responsável de cuidar das crianças, pergunto enquanto segurava uma prancheta e uma caneta.

— Oh... hmmmm... Killian Jones, Ruby Lucas e Mulan.

— Certo. — A mulher sorriu, anotando os nomes e em seguida erguendo uma mão em direção a Madelyn. — Pronta para ir, pequena?

— Vá, amorzinho. — Emma sorriu, vendo a menor pegar na mão da mulher e se virar, dando um tchau para a mãe, Ruby e Killian. — Tchau-Tchau. — A loira balançou a mão e viu a filha entregar a bolsa para a mulher mais velha e correr em direção a uma pilha de brinquedos.

— Vai ficar tudo bem. — Ruby sorriu quando Emma apoiou a cabeça em seu ombro, lágrimas molhando sua blusa com o choro abafado.

— Ela vai ficar bem, Emm. — Killian passou a mão carinhosamente por suas costas. — E sem querer ser chato, mas a gente tem que trabalhar.

— Eu sei, eu sei. — A loira ergueu a cabeça do ombro de Ruby, passando as mãos por debaixo dos olhos. — Eu to legal.

— Boa sorte no primeiro dia. — Ruby abraçou os dois ao mesmo tempo.

Eles sorriram, retribuindo o abraço. E com um último aceno, Ruby atravessou a rua para ir para seu restaurante The Lucca's

— Está na hora de irmos brilhar, estrela. — Killian sorriu enquanto caminhavam em direção ao hospital. — Pronta?

— Sinceramente? Não. — Emma sorriu. — Mas vamos lá.

Consequences - SwanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora