Café

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FLASHBACK DIA EM QUE REGINA CONHECEU EMMA

Regina bufou mais uma vez enquanto descia as escadas da faculdade em que havia dado uma palestra há algumas horas atrás. Hoje não era seu dia.

Hoje era o dia em que ela apenas queria abrir um buraco no chão e se esconder lá até o fim dos tempos, porque parece que o universo tirou o dia de hoje para lhe deixar irritada.

Primeiro uma briga com Maleficent sobre ela não querer participar do jantar que sua família iria dar essa noite e ela simplesmente dizer que iria ter uma cirurgia.

Quando ela a sugeriu que remarcasse, foi quando começou a discussão. Ela sabia que sua família era barulhenta e levemente irritante para as pessoas de fora, até para ela mesmo as vezes. Até porque, crescer com uma irmã e sem uma mãe não fora fácil.

Mas desde que conheceu Maleficent, ela parecia não se encaixar na família, e o único que ela conversava era o Henry enquanto Zelena se recusava a dar um minimo "oi" para a cunhada.

Seu pai  parecia não gostar ou desgostar de Maleficent, tentava ser o mais amigável possível. Henry sempre valorizou os votos de casamento, mesmo após a mãe de Regina morrer. E Regina até conseguia ouvir a voz de seu pai falando.

-Todo casamento tem suas brigas e crises, Regina. É completamente normal.

E era isso que ela tinha medo. Tinha medo de seu casamento estar à beira de entrar em crise.

E para piorar, essa fora a pior palestra de toda sua vida. Regina havia ficado encima de um palco falando para mais de cinquenta alunos e nenhum deles prestou atenção.

Bom, nenhum deles exceto uma loira de olhos verdes. Ou ela presumiu que era loira pela cor de suas sobrancelhas, já que seu cabelo era de um tom rosa choque.

Ninguém nunca a olhou com tanta admiração quanto ela, nem mesmo Maleficent.

A garota parecia estar completamente encantada enquanto a ouvia falar sobre o cérebro e seus segredos. E quando terminou a palestra, ela nem pensou em esperar, porque o jeito como as pessoas saiam da sala, nenhum deles tinha dúvidas então por isso agora ela estava pronta para ir para casa, tomar um banho e descansar.

Regina entrou em seu carro e colocou sua Bolsa no banco do carona, mas quando

colocou a chave na ignição e girou a mesma, o carro não quis dar partida.

-Oh, não...- Murmurou incrédula, girando a chave na ignição de novo e de novo. - Não. Não. Não. Não. Não.

E então, quando olhou para frente, viu fumaça saindo do capô. Otimo. Mais uma coisa para piorar o seu dia. Saiu do carro e fechou a porta com força, em seguida dando um chute violento em uma das rodas.

- Maldito!

-Hānnn... dia ruim?- Regina  ouviu uma voz angelical e insegura atrás de si e se virou. A garota de cabelo rosa, a única que havia prestado atenção na palestra estava a sua frente.

Segurando alguns livros, sua mochila pendurada em um dos ombros enquanto seu cabelo rosa estava solto, balançando na altura de seus ombros.

-É.-Coçou a sobrancelha, soltando um suspiro.-Mais ou menos isso.

- Eu... eu não queria incomodar, juro.- Ela começou falando rápido. -É só que eu tinha dúvidas e quando eu olhei para o palco, você não estava mais lá e então eu pensei 'ela deve está falando com o diretor' e eu fui lá na sala do diretor e você não tava, entāo eu saí correndo pra cá e agora... - Parou quando a ouviu soltar uma risadinha leve, a encarando. -Você tá rindo.  é.. você tá rindo porque eu to falando feito doida e é assim mesmo. Eu fico falando muito quando to nervosa e..

- Não. Nāo.-Deu uma risadinha. - É só que...-Soltou um suspiro. - Eu pensei que ninguém estivesse prestado atenção.

-Eu prestei.- Falou firme.

-Eu sei. Eu vi que você prestou atenção.- Sorriu. - Mas não a ponto de ter dúvidas.

- Bom, eu tenho.- Deu de ombros, dando um sorrisinho.- E muitas, então... eu tava pensando se... tem uma cafeteria aqui perto e você poderia ligar para alguém de lá e ainda tirar minhas dúvidas...?-Terminou insegura, brincando com os próprios dedos.

-Você tá me convidando para tomar um café?- Levantou as sobrancelhas, sorrindo.

-É.-Riu.- É isso ai.

Regina deu uma risada nasal e andou até o banco do passageiro, pegando sua bolsa e colocando no ombro. Andou até ela e sorriu.

-Você não me disse seu nome.

- Emma. Emma Swan. Sorriu,

estendendo a mão.

-É um prazer conhecê-la, Emma.

Aceitou o aperto de mão e sorriu fraco,

" tentando ignorar o arrepio que de repente passou por sua espinha. "

Consequences - SwanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora