PROMETIDA A UM VAMPIRO (Versão Atualizada)

#1) O COMEÇO

Noelly narra...
— Emmy?

— Oi pai, o que aconteceu?

Eu tive um encontro se não me engano, às escondidas, com o Lu…

— Você desmaiou

— E O LUCAS? ELE TA BEM?

Meu pai suspirou

— De novo… Você sabia as regras.

— Mas eu faço aniversário hoje, dá um desconto pai! Mas me fala, quem me trouxe?

O que houve?

— Seu amigo tá bem, ele quem te trouxe ontem.

— Hein? Como ele me trouxe eu peso uns 60 quilos no mínimo.... bom quando eu me pesei estava com 60 quilos.....acho que uns meses atrás...ou anos... Sei lá - sussurrei pra mim mesma

— Ai Emmy, o que eu faço com você… Mas enfim, parabéns filha.....- ele disse com amargura e um olhar muito triste, hoje eu completo 18 anos, ou seja, meu pai não pode mais me prender

— Obrigadooo

Ele sai e meu celular toca (sabe aquela musica de star vs as forças do mal? Space de Unicorn, sim esse é meu toque KKKKKKKKK), era minha melhor amiga Chloe

" Eu: alô?
Chloe:  vaca vem agora aqui no shopping gastar as economias do seu pai!
Eu: Minha filha ele me mata
Chloe: Só vem muié"

É hora de curtir baby!
Minha primeira vez fora e eu preciso aproveitar o mundo que perdi. Deu a hora e eu fui para balada com a Chloe e nossas outras amigas: Susi e Bella. Eu lembro que vi minhas amigas pegando sem parar, no começo eu decidi ficar na minha no começo, porém mais pra madrugada, eu bebi muito eu me peguei beijando um tal de Kevin, me senti culpada para caramba e fui aí que percebi que meu copo estava com um cheiro estranho, quando procurei o tal Kevin para pedir explicação o encontrei morto com uma facada no peito (A faca ainda tava lá...) e nem sinal de sangue no corpo. Eu já estava cansando daquela festa, então fiquei mais um pouco com minhas amigas apenas para não desistir da noite, fui dançar ainda pensando no que havia acontecido, mas eu estava bêbada demais para me preocupar, e lá pelas 2:00 da manhã eu esbarrei em alguém.

— Olha por onde anda garota - era um garoto que aparentava ser muito lindo, não sei como descrever pois estava muito escuro, mas os olhos dele, verdes, estavam cheios de ódio e raiva.

— Grosso...- eu falei no mesmo tom

— Cuidado com o que fala sua vadia.

— Você me chamou de…. - eu murmurei

Mas assim que pisquei ele havia desaparecido em meio a multidão.
Depois daquilo eu avisei Chloe que iria embora e voltei aos tropeços para casa, tive muita sorte de não ser assaltada no caminho.

Ao amanhecer

Eu acordei na maior dor de cabeça.... Ao me lembrar da noite anterior me senti meio mal, acho que exagerei nas bebidas…
Pego meu celular, vendo várias mensagens de "eu te amo" do Lucas, sorrio enquanto respondia, ainda com um certo sentimento de culpa por ter beijado outro. Como enfim tinha dezoito, eu iria poder ver ele a noite e aí resolveria tudo.
Me joguei de novo na cama até que escuto meu pai chamar
— NNNOOOEEELLLYYYY - grita meu pai

— RESSACA! ME DEIXA! Eu tô de mal humor.

— AGORA!

Pelo amor de Deus.....
Eu me arrumei e desci quando cheguei no último degrau, vi meu pai conversando com duas pessoas, que ótimo, visitas.

— Ninguém merece...- eu sussurro e me viro para subir as escadas, mas meu pai me chama.

— Noelly Emmily Crane, venha já aqui.
Eu me arrastei até o lado do meu pai e vi era um velho e... PUTA MERDA ERA O GROSSO DE ONTEM! Estava escuro mas aqueles olhos verdes o entregavam.

— Filha esses são os Wharton e....

— Olá, eu sou o Sergio Wharton e você é a
noiva do meu filho Dylan - disse o velho satisfeito

— O QUE?

— Você foi vendida a mim quando tinha
cinco anos, desde então é minha prometida - disse Dylan simplesmente e em seguida abre um sorriso psicopata — É um prazer vê-la de novo, vadia.

— OLHA COMO FALA DA MINHA FILHA!
- meu pai explodiu com ódio, partindo para a briga, mas Sérgio interviu.

— Eu não sei as conexões que esses dois
tiveram, mas o que foi feito no passado está feito, eu não me importo! A Casa Wharton precisa de uma Lady Wharton!

Fala sério, aqueles caras usavam termos antigos mesmo? "Casa Wharton", aqui não é Rainha Vermelha não, Meu Deus, eu precisava fugir, precisava acabar com aquilo.

— Eu tenho direito sobre minha vida agora e eu escolho não me casar com esse homem asqueroso, eu já tenho alguém que amo e já tenho minha vida decidida, Lucas Norton, É COM ELE QUE EU QUERO ME CASAR!
Quando os Wharton ouviram isso ficaram chocados Dylan transformou o choque em raiva sorte que o pai dele o segurou, do contrário ele voaria no meu pescoço

— Você a deixou sair? - perguntou Sérgio furioso

— Eu...eu...

— MISERÁVEL! NÓS TÍNHAMOS UM ACORDO!!! - dito isso ele sacou uma pistola e atirou bem no meu pai, atravessando seu peito.

Naquele momento tudo passou diante de mim, a história que eu tive com meus pais, minha mãe sorrindo, meu pai me proibindo de sair, meus amigos conversando comigo pela janela, todos aqueles anos, mesmo presa eu era feliz e agora… Meu pai também havia sido morto na minha frente… Como se não fosse nada

— Pai… - eu sussurrei com os olhos se enchendo de lágrimas

— Noelly… Eu vou morrer aqui… E eu só te peço uma coisa.

— Não…. Pai, você não pode ir…

— Noelly, se acalme… - ele diz me fazendo ficar em silêncio

— Por favor…

— Se case com… Dylan, carregue o legado da sua mãe… Se torne diferente - ele diz enquanto me estendia um diário, um diário antigo que eu conhecia muito bem

— O diário da mamãe

— Vá… - meu pai diz, antes de fechar os olhos e morrer.

— Pode apressar aí? Tenho uma agenda cheia - Sérgio diz sem se importar

Eu o encarei com ódio

— COMO VOCÊ PÔDE?! - Gritei

— Me escute garota, faça como ele mandou e pare de ser rebelde, ou levarei seus amigos também.

Eu olhei para o garoto de olhos verdes que mexia no celular ignorando tudo. Rangi os dentes e subi as escadas para pegar algumas roupas, tacava as blusas numa bolsa enquanto chorava sem parar.

— Pai…

Apertei o diário da minha mãe contra o peito com força, tentando sentir algo, algum vestígio daquela felicidade e após relutar muito, desci pro andar de baixo, onde o corpo do meu pai estava sendo retirado por uma equipe, Sérgio e Dylan esperavam ao lado de uma Limusine preta, eu suspirei ainda engolindo o choro e entrei na Limusine sem dizer nada, vendo tudo o que eu tinha vivido até ali morrer também.