21) SONHO

121 11 1
                                    

- Dylan, por favor, não... - digo, mas ele anda até onde eu estava, me olha por alguns segundos e em seguida se vira para Chloe.

- Acredito que sua amiga tenha mentido para você - ele diz - Noelly e eu, somos casados.

Chloe arregalou os olhos

- O...que? - disse

- Eu posso explicar Chloe, vá até a mansão Wharton qualquer dia, eu juro que posso explicar, por favor...

Ela ainda estava paralisada, confusa.

- Eu fiz isso para te proteger, para impedir que você terminasse como o Lucas - falei

- Vamos - Dylan falou impaciente enquanto me puxava pelo braço, andei aos tropeços enquanto íamos até o carro.
Sem escolha, eu entrei no veículo, mas dessa vez no banco de trás, olhei para Chloe pela janela

- Você vai me explicar isso direitinho quando nos vermos, EMMY! - ela gritou
Não gritei nada de volta, apenas assenti com a cabeça enquanto chorava.

Dylan deu partida no carro e logo a casa dela começou a ficar cada vez mais longe, me deitei no banco do carro, prendi o cinto de segurança de uma forma que fosse mais ou menos confortável.
Fiquei esperando Dylan me xingar sobre a balada ou dizer algo, mas ele só ficou em silêncio. Eu quem não ia começar uma conversa, então apenas fiquei olhando para o teto com os olhos inchados de tanto chorar.

- Poderia ter evitado isso se tivesse falado logo de começo que éramos casados - Dylan diz depois de um tempo

- Não é algo da qual eu me orgulho, e não quero que a Chloe se envolva nisso e você mate ela também.

- Ela está criando interesse em mim, controle isso, não suporto garotas iludidas.

- A Chloe nunca ficaria com alguém como você, ela é... Daquele jeito com todo mundo.

- Depois não diga que eu não avisei.

Encarei o encosto do banco, evitando olhar para Dylan.

Se passaram mais alguns minutos em silêncio.

- Eu... hm... Posso chamar a Chloe para ir na mansão? - Falei

- Desde que ela venha sozinha, não gostaria de ter que lidar com outros caras como o de hoje.

Naquele momento eu relembrei sobre a Balada de uma hora antes.

- O que houve com o Kloud? O que você fez com ele?

Assim que eu disse aquilo, Dylan tirou o carro da estrada e parou, em seguida se virou para mim no banco de trás, me sentei com tudo.

- Por que você se importa com aquele desgraçado? - Ele perguntou com o ódio de sempre bem evidente

- Eu não me importo! Mas eu... - falo e depois digo baixo - Só fiquei curiosa.

- Já se conheciam?

- Não, ele quem se apresentou, ficou me perseguindo na balada, aí eu acabei cedendo e nós...

- Vocês... O que?

- Desde quando você liga para o que eu faço? Porra, me deixa em paz, eu não interfiro em nada seu, deixa eu viver minha vida pelo menos!

- Até onde eu saiba, quem te salvou de um quase estupro e sequestro foi eu, eu não precisaria interferir na sua vida se você não estivesse tentando se matar a cada SEGUNDO.

- A CULPA DISSO, É ESSE SOBRENOME DE MERDA! - Gritei

- Não culpe o meu sobrenome por você ser incapaz de assumir a culpa dos seus erros. Se tivesse usado o cérebro, seu amigo Lucas ainda poderia estar vivo.

Aquilo foi a gota d'água.

- VOCÊ MATOU ELE... NÃO EU, FOI VOCÊ - berrei enquanto chorava, o efeito das bebidas que havia bebido antes ainda não havia passado totalmente, talvez aquele era o motivo para todo aquele sentimentalismo.
Começamos a discutir, e discutir MUITO.

- PARE DE VIVER COMO UMA ADOLESCENTE IMATURA SUA DESGRAÇADA, QUE ARREPENDIMENTO DE TER ME CASADO COM VOCÊ - Dylan explodiu

Um silêncio ficou no ar depois daquilo, Dylan respirou fundo, ligou o carro e pegou uma espécie de atalho, no caminho, tínhamos que passar por um pequeno relevo, mas que dava entrada para um barranco ao lado esquerdo da estrada.

- Ótimo... Então farei um favor por nós...- digo depois de uns minutos

Levantei o pino da porta e abri, rapidamente, Dylan se virou ao ouvir o som do pino e tentou frear, mas era tarde, em um movimento, eu me joguei pra fora do carro.
Mano, aquilo doía MUITO, totalmente diferente dos filmes, eu mal consegui me levantar depois do impacto, mas com muito esforço, eu caminhei até a beira da estrada, estava de frente para o barranco.

- Lucas... Enfim, vou poder ficar junto de você.

Sem pensar duas vezes, eu me joguei.
Senti o vento bater em meus cabelos antes de sentir uma pancada e desmaiar.

Sonho on
- Você nunca será a verdadeira, você nunca será aquilo que eu fui, você não é nada! - uma voz disse
- O que? Por que não estou com Lucas? O que está acontecendo? Eu morri?
Estava tudo escuro como sempre, apenas a voz ecoava de uma forma que eu não conseguia distinguir ao certo como era, pareciam apenas várias vozes sussurrando
-Quem é você?
- Você não queria me conhecer? Eu fui quem você é hoje, eu fui aquilo que você mais teme.
- Apareça!
- Uma feiticeira que não sabe usar os poderes? Que patético, você é A última descendente Cyeetra?
- Então eu sou mesmo Cyeetra - murmurei
- Eu vou te matar, você nunca tomará o meu lugar.
- Você também tem poderes, eu presumo, e eu não morri pelo visto...
- O vampiro te salvou, mas vai ser por ele que você vai morrer.
- Vampiro? Que analogia é essa?
- NOELLY! - outra voz ecoou
- O-o q-que? - murmurei
- Estou ansiosa para nosso encontro, Noelly.
Aquela voz vinha de fora, mas conseguiu atingir meu sonho, mas eu não conseguia responder aquela voz, não conseguia me concentrar
- Enquanto eu não souber controlar esses poderes, todos que eu amo vão morrer, QUEM EU SOU? O QUE EU SOU?- digo e em seguida uma energia imensa percorre meu corpo e explode, deixando tudo branco"
Sonho off




PROMETIDA A UM VAMPIRO (Versão Atualizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora