PROMETIDA A UM VAMPIRO (Versão Atualizada)

48) A ILHA

Noelly narra...

O som de ondas ecoava, lentamente abri os olhos, o sol brilhava contra meu rosto.

— O que? – murmurei

Pisquei duas vezes para minha visão se acostumar e vi meu suposto marido caído a poucos metros de mim, ele havia me protegido da explosão do portal. Me levantei com tudo, quase caindo e corri até ele, não parecia ferido, só tinha alguns arranhões, estava respirando, toquei seu rosto.

— Obrigado... – Sussurrei e finalmente olhei em volta.

Arregalei os olhos, não estava mais na mansão de antes, e sim em uma praia de areia cor de rosa, águas azuis cristalinas, árvores de várias cores, algumas rochas brilhavam em um tom roxo. Aquilo era simplesmente... Muito lindo, eu não conseguia acreditar.

— Este lugar... – murmurei

— Mas que merda... – o cara ao meu lado sussurrou acordando.

— Você está bem? – pergunto

— Sim, mas e você? Ela te feriu em algum lugar?

Seus olhos mostravam preocupação enquanto ele me analisava procurando possíveis machucados, sorri com sua preocupação.

— Eu estou bem – digo — Mas onde estamos?

— Não faço idéia– ele respondeu

— Bom... A coisa de capuz vermelho disse que me mandaria para a pior dimensão existente... Só que este lugar não parece ser a pior dimensão, então deveríamos...

De repente um vislumbre passa pela minha memória.

— Noelly?

— Lucas... – murmurei para mim mesma enquanto olhava em volta.

Me levantei, o homem ao meu lado me encara sem entender. Fecho os olhos e deixo minha magia fluir sobre a terra, sinto a energia do lugar se fundir com a minha, uma sensação calma me percorreu, detalhes na minha memória começaram a surgir e me lembro do bilhete...

— ESTAMOS MESMO AQUI! – gritei eufórica enquanto saltitava de alegria.

— Bateu a cabeça enquanto atravessamos o portal vermelho? – o cara diz com uma sobrancelha arqueada.

— Ha. Ha, não. – digo sarcástica – Esta terra pertence ao meu Lucas.

— Lucas? Então... Você se lembra dele – ele fala, parecendo surpreso mas muito mais irritado, pude perceber um leve desapontamento em sua voz também.

— Como iria me esquecer dele?

— Há quanto tempo se lembra?

Recuei um pouco.

— Hm... Há alguns dias.

— Entendi – ele responde frio.

Fico em silêncio com o tom de sua voz, de alguma forma eu me sentia mal...

Mas eu não ia pensar nisso agora, aquele lugar era impressionante demais para se afetar com outras coisas no momento.

— Eu vou dar uma volta, você se importa?

— Não vá muito longe – diz sem me encarar, assenti e me virei.

Suspirei e me virei para a floresta.

— Noelly?

Me viro novamente em direção ao meu suposto marido.

— Tome cuidado... Por favor – ele fala.