23) PLANOS DECADENTES

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— Hã...

Dylan e a mulher me encararam, Dylan se afastou da mulher.

— Então essa é a garota? – a mulher falou me olhando com um certo desprezo

— Desculpe, atrapalhar... Eu volto mais tarde – falei e saí fechando a porta com tudo.

Aquela visão não ia sair da minha mente, por sorte eu não fui momentos depois, senão teria visto o pior.
Me virei para ir embora o mais rápido possível, comecei a andar de um jeito rápido em direção às escadas, mas na mesma hora a porta do escritório se abriu.

— Noelly, espere. – Dylan chamou

— Eu juro que não vi nada, não era nada eu só... Me perdi, depois conversamos, pode ir lá com a mulher lá – falei sem me virar

Escutei passos

— Do que diabos você precisa? – ele perguntou

— Não não não, eu insisto em conversar depois, na verdade, deixa quieto, outro dia a gente se fala.

— Relaxa, você não vai ver nada.

Me virei devagar, ele estava encostado na parede passando a mão nos cabelos.

— Você não foi até meu escritório por acaso, o que quer porra?

— Deixa a Chloe vir aqui?

Hoje?

— Sim.

Ele falou algum palavrão em voz baixa, puxou um celular do bolso e jogou para mim, peguei o aparelho e o encarei sem entender.

— Acredito que você não tenha mais o número dela no celular, ela me passou o contato enquanto você se desarrumava no banheiro.

— Obrigado, depois te devolvo.

— Não precisa, entrega pra alguma criada depois.

— Ah claro, não vou mais te atrapalhar enquanto come aquela mulher.

Dylan olhou para mim com ódio

— Tô errada? – falei — Sérgio iria adorar saber disso não acha? O Novo Senhor Wharton manchando o nome... Quem sabe eu não conto para ele quando ele vir aqui de novo.

Quando vi, Dylan estava na minha frente, ele colocou os braços do lado da minha cabeça, me colocando contra a parede.

— Você se acha muito espertinha.

— Não, só tenho razão mesmo.

Ele aproximou o rosto um pouco de mim.

— Não pense que só porque te levei pra ver sua amiguinha pode fazer o que bem entender.

— Você não tem poder sobre mim, VOCÊ SABE O QUE FAZ DE ERRADO! – digo, uma leve energia percorre pelos meus braços e empurro Dylan um pouco, minhas ataduras caem totalmente com a saída da leve energia, revelando meus braços totalmente curados. A única coisa que permanecia eram as ataduras na minha cabeça. Eu havia enfaixado tudo de novo antes para que não desconfiassem, mas agora, tudo havia ido por água abaixo.
Dylan, que já estava um pouco surpreso com a força que usei para empurrá-lo, arregalou os olhos ainda mais surpreso ao ver minhas feridas totalmente curadas, toquei onde antes tinha uma cicatriz.

— Vou ligar pra minha amiga – murmurei, me virei e corri em direção ao meu quarto. Sinto ele me observar até que eu chegasse ao meu quarto.
Assim que entrei, tranquei a porta e olhei para minhas mãos

— Droga, o que eu fiz? Será que Dylan desconfiou? Com certeza ele sabia que haviam cicatrizes nos meus braços – falei com as mãos na cabeça.
Mas não havia tempo para pensar, peguei o celular e vasculhei, haviam apenas 3 contatos: de Sophie, o de Matt e o de Chloe, que por acaso estava salvo como "Amiga estranha da Noelly".

— Que sem criatividade

Liguei para Chloe:

Chloe: Dylan?
Eu: Oi Chloe, sou eu. Dylan me deu o celular dele para que eu pudesse ligar pra você, não tenho mais seu número no meu celular por algum motivo.
Chloe: EMMY?!  Você tá bem? Aconteceu algo?
Eu:  Não vou mentir, aconteceu! Mas não é ruim... Eu acho... Enfim, quer vir aqui? Preciso te contar uma coisa
Chloe: Eu posso? Por que pensando bem... Também tem uma coisa que eu preciso te contar...
Eu: Pode sim, falei com Dylan, um segurança vai ir te buscar... e eu hã... Vou te contar tudo dessa vez, não vou esconder nada, eu prometo."

Depois que desligamos, peguei o diário da minha mãe e o guardei dentro do meu guarda roupa, deixando apenas o bilhete de Lucas, eu poderia finalmente contar a mais alguém sobre meu plano para enfim encontrar Lucas.
Me deitei na cama e reli o bilhete, a viagem de Chloe iria demorar um pouco, então eu tinha tempo para procurar mais pistas.
Fui na biblioteca pegar algumas livros e volto para meu quarto
Por volta de uma hora havia se passado, quando...

— Ellynha? – escutei e dou um pulo com o susto

— Matt!

Ele estava encostado na porta do meu quarto que eu havia deixado aberta.

— Desculpe – diz rindo — Mas a Sophie chegou se quiser ir falar com ela, ela está na cozinha.

— Ah sim, muito obrigado Matt.

Ele fez uma reverência só de graça e saiu, poucos minutos depois eu saí também, desci às escadas em direção à cozinha do andar de baixo.

— Sophie? – falei entrando no cômodo

— Emmyyyy – ela diz sorrindo ao me ver, em seguida me abraça.

— Você só some, menina.

— Desculpa, Desculpa, mas agora eu vou ficar na mansão, por enquanto, resolvi tudo.

— Ótimo, Sophie, eu consegui fazer um feitiço de cura completo! – digo empolgada mostrando o braço

— Você está começando a controlar seu poder, isso é incrível, Emmy! – ela falou com os olhos brilhando

Sorri feliz.

— Ah Sophie, uma amiga minha vai vir hoje, você vai gostar de conhecer ela

— SÉRIO? Como você conseguiu convencer o Sr. Carranca deixar?

— Uma looonga história

— Quero os detalhes depois.

Naquele momento, escutamos o barulho da porta sendo aberta

— CARALHO, QUE PUTA MANSÃO, EMMY!!! – escutei alguém berrar

— Vai receber ela, Lady Wharton – Sophie falou me empurrando de leve — Você é a anfitriã

— Não me chame assim.

Ela riu

— Logo eu vou lá dar "oi" pra ela, vou arrumar uns arquivos no escritório da família – Sophie diz e se despede

Fui em direção à porta, Chloe estava deslumbrada com tantas coisas chiques, ao meu ver, ela correu pra me abraçar

— Emmy, eu estou tão aliviada que você está bem, fiquei tão preocupada quando você foi embora daquele jeito. – Chloe diz

— Eu achei que nunca mais fosse olhar na minha cara – digo começando a chorar

— O que? Por que eu faria isso? – Ela falou né segurando pelos ombros — Mesmo que você minta, roube ou mate, eu vou continuar do seu lado.
Eu sorri em meio as lágrimas, e foi aí que percebi algo, no pescoço de Chloe havia uma mancha
Não...

Aquilo era uma marca

— Chloe o que é isso no seu pescoço? – pergunto

Ela se afasta um pouco e cobre a marca com a mão. Em seguida olha pro chão um pouco inquieta e diz:

— Era sobre isso que eu queria falar...


PROMETIDA A UM VAMPIRO (Versão Atualizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora