47) SOB O EFEITO

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Noelly narra...

Eu... Não me lembro o que houve comigo, só sei que acordei bem confusa em um quarto branco, aos poucos me vinha na memória algumas coisas...

Meu nome.
Minha idade.
Eu aparentemente tinha uma amiga, cabelos loiros, mas não fazia ideia do seu nome.

Apenas olhei em volta, forçando a mente para lembrar o que diabos havia acontecido e como cheguei ali... Até onde sabia eu deveria estar na escola, não era?

De repente, a porta se abre com tudo e um cara lindo entra no quarto ofegante, nossos olhos se encontram.

— Hm... – murmuro

— Noelly!? Você está bem? – ele falou correndo até mim

Dylan narra...

— A paciente está com amnésia retrógrada, sinto dizer – disse o médico entrando no quarto, Izira surgiu logo em seguida — Mas eu nunca vi um paciente chegar num nível tão complicado...

Congelei por uns segundos, não sabia se era de choque, raiva da maldita criatura de capa vermelha ou culpa.

— Onde eu estou? Quem são vocês? - Noelly perguntou bastante confusa

Izira ficou em silêncio por um tempo, mas se aproximou dela e a abraçou.

— Olá querida – a velha senhora falou

— Quem é você...? Alguém pode me explicar o que tá acontecendo? Amnésia? – perguntou Noelly

— Eu sou sua avó.

— Minha avó? Mas eu nunca... – ela responde, porém fica em silêncio logo depois

— É uma longa história, teremos tempo de conversar para explicar tudo – Izira diz

— E ele? – ela pergunta apontando para mim

— Eu sou seu marido – eu respondo com um certo orgulho de poder dizer aquilo agora.

— O QUE? EU SOU CASADA? Mas... mas... mas...– Noelly falou incrédula

— Sim, e parece que temos muitas coisa para te relembrar – eu falei sorrindo atrevidamente.

Se Matt ouvisse aquilo, certamente me zoaria pelo resto da vida.

Noelly me encarou surpresa com seus lindos olhos azuis, mas pude ver que a curiosidade para saber mais sobre o assunto falava mais alto.

— Logo você terá alta e poderemos te mostrar como é sua vida agora – a avó de Noelly diz

— O que? Não! A paciente está em um estado muito s... — o médico interviu

— Quem sabe você sai daqui hoje mesmo – a avó dela interrompeu sorrindo, ignorando completamente o médico

Meio hesitante ela assentiu

No dia seguinte, Noelly teve alta e a levei para a mansão.

— COMO É QUE É? EU VIVO NISSO AÍ? CACETE, QUANDO QUE EU DEI SORTE NA VIDA? – Ela berrou.

— Quando casou comigo – falo estendendo a mão para guia-la.

Noelly hesitou por uns segundos, mas aceitou e entramos na mansão.

— Isso tudo é tão uau, mas ainda não sei o seu seu nome – ela perguntou

Por algum motivo, aquilo me deixou incomodado, provavelmente foi o "por quê", das palavras que disse a seguir.

— Você vai ter que lembrar, não direi até que se lembre.

— O que!? Mas isso é muito injusto! Se você ao menos falasse, quem sabe eu não despertaria uma lembrança?

PROMETIDA A UM VAMPIRO (Versão Atualizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora