49) O ÚLTIMO MINUTO

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Noelly narra...

Eu me entreguei totalmente àquele beijo, meu coração parecia que ia explodir, a sensação era familiar, era mágica... era... Incrível.

Nos afastamos para respirar após um tempo, ele encostou a testa na minha e ficamos assim por mais alguns segundos, depois me afastei um pouco e sorri, ele retribuiu.

— Você é tudo pra mim, Noelly – ele diz
Sinto minhas bochechas esquentarem.

— Eu sei – falo — E de alguma forma... Eu sinto que tamb...

Antes que eu pudesse completar algo, um arrepio passou pelo meu corpo, recuei com uma das mãos na cabeça.

— O que houve?

— Eu não sei – murmuro — Tive uma dor de cabeça de repente.

— Vamos voltar, você precisa descansar um pouco – ele diz

Assenti, triste por dentro, por ter estragado o clima de antes. Acho que meu suposto marido percebeu, porque ele me puxou para outro beijo, desta vez um mais rápido comparado ao outro.

— Não se preocupe, teremos muito mais tempo quando conseguirmos voltar para a mansão – diz sorrindo

Eu ainda estava surpresa com o beijo, mas ainda assim sorri para ele.

Voltamos para nosso abrigo de última hora, durante todo o caminho, eu pedi para que ele contasse como eram as coisas antes, como vivíamos na mansão e como nos aproximamos, assim que enfim chegamos ao abrigo, nos deitamos na cama improvisada.

No entanto, eu não conseguia dormir, algo me deixava inquieta

"Essa é a terra do Lucas... Na carta, ele disse que estaria aqui" pensei enquanto olhava para o teto do abrigo.

"Será que ele realmente está aqui? Será que ele sabe que estamos aqui? Será que ele nunca conseguiu chegar aqui?" pensei, as perguntas não deixavam minha cabeça.

— Hm... Acho que vou dar uma volta – murmuro.

Olho para o lado, o homem que esteve comigo por todo esse tempo na ilha ainda estava dormindo, fiquei uns segundos admirando sua beleza

"Como alguém pode ser tão bonito dormindo?" pensei incrédula
Suspirei e saí do abrigo.

Ainda era noite, a lua brilhava no céu, mas logo amanheceria. Andei pela praia, sentindo a areia e ouvindo o som das ondas do mar, em outras circunstâncias, seria um ótimo lugar para se passar as férias, ou até mesmo viver.

— Será que eu entro na floresta? – digo — Queria ver mais coisas lá... E tem aquela varanda...

Parei e olhei para o abrigo, era melhor não acordar ele, depois de tudo o que ele teve que passar por minha culpa, ele com certeza devia estar cansado e precisava descansar

— Não vou demorar – sussurrei pro nada
Em seguida, corri em direção a floresta, sentindo mais uma vez, o vento bater contra meu rosto. Eu admirava tudo com calma, não havia um único momento onde aquele lugar deixava de ser encantador.

" Certo, se eu seguir por aqui, chego na caverna se não me engano" pensei caminhando por entre algumas árvores.

De repente, aquela mesma sensação estranha percorre meu corpo, antes que eu pudesse raciocinar, algo passa por mim com tudo.

Recuei assustada.

— Mas o que... – murmurei.

— ...Trinta e sete, hm, ah é este – escuto

PROMETIDA A UM VAMPIRO (Versão Atualizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora