PROMETIDA A UM VAMPIRO (Versão Atualizada)

36) VAMPIROS

Saí do quarto com o coração acelerado, fechei devagar a porta atrás de mim, olhei em volta, estava tudo escuro, não havia nenhum sinal dos criados da casa, muito menos dos irmãos Wharton.
Andei pelo corredor escuro, onde estavam todos? Porém eu não tinha tempo de ficar pensando naquilo, havia quebrado a promessa que havia feito a Dylan.

— Dylan me desculpe, mas eu não podia deixar esse diário lá até de manhã, se ele cair em mãos erradas, nunca vou me perdoar – digo

Saí pela entrada que dava acesso ao jardim, algumas luzes do jardim estavam acesas, caminhei silenciosamente em direção à árvore.

— Todo esse silêncio já tá me incomodando – murmurei ao chegar na árvore — Onde foram todos?

Peguei o diário, o analisei para ver se ainda estava intacto, respirei fundo aliviada e me virei para voltar. Assim que me virei, congelei, havia uma sombra parada a poucos metros de mim.

— Lady... Wharton... – a sombra disse com uma voz cortada

— O-o que? – murmurei recuando

Na mesma hora, a coisa se teleportou para minha frente, gritei com o susto e a coisa sorriu.

— Lady... Wharton... Noelly... Wharton...– a sombra continuou — Me dê, me dê o seu sangue

Antes que pudesse reagir, a coisa me segurou pelo pescoço, soltei o diário com tudo, o que fez com que a coisa mudasse o olhar.

— O cheiro do seu sangue é delicioso – a coisa sussurrou

As mãos daquela coisa estavam me sufocando, pensei rapidamente. Segurei as mãos dele e joguei meu peso para meus ombros. Lancei meu corpo pra cima, chutando o queixo daquela coisa, fazendo o me soltar na hora, peguei o diário e comecei a correr em direção à entrada. Corri como se minha vida dependesse disso.

Quando estava chegando fui derrubada no chão com força.

— Não vou te deixar escapar, minha doce presa, seu sangue é meu – a coisa disse
Usei minhas mãos para invocar meu feitiço das luzes para tentar criar uma distração, mas aquele cara nem se abalou, começou a me puxar em direção à saída da mansão, comecei a gritar e a me debater, aquela coisa arranhou com força no meu braço ao ponto de escorrer sangue

— Fique quieta ou eu te mato, e não adianta usar seus poderes feiticeira, eu sei que você ainda é fraca

— O que é você? – Sussurrei

— Isso já não está óbvio? – a coisa falou rindo e em seguida me deu um puxão fazendo meu braço doer muito

Gritei de dor.

Começamos a nos aproximar do portão, mas de repente, aquilo parou e ficou encarando em volta.

— Merda... – sussurrou

Olhei em volta sem entender.

O que aconteceu em seguida foi tão rápido que eu nem tive tempo para processar, a coisa que me segurava foi acertada e saiu voando com tudo e agora estava caída no chão com enormes buracos cheios de sangue por todo o corpo, entre mim e a coisa estava um homem alto.
Respirei fundo e me rastejei um pouco para trás, o homem a minha frente se virou para mim e eu pude ver...

— D-Dylan... – murmurei

Ele arregalou os olhos ao me ver, as íris de seus olhos estavam vermelhas, um vermelho vibrante, diferente do verde de sempre.

— Noelly – ele sussurrou, sangue começou a escorrer da boca dele.

Me levantei com tudo e comecei a recuar sem acreditar.