24) MARCAS E COMPANHEIROS

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— Você é Feiticeira não é? Essa coisa apareceu em mim e eu não faço ideia do que seja... – Chloe falou — Fui em médicos, mas todos disseram que não é nada demais, não passa de uma tatuagem, mas eu nunca fiz tatuagem, e olha esses traços, isso não parece ser algo rápido e fácil de fazer, então pensei que você poderia saber o que é isso.

Eu olhava a marca, aquilo com certeza teve a mão sobrenatural em cima, mas eu não sabia quase nada sobre esse mundo.

— Desculpe Chloe, mas eu não faço ideia... – digo

— Ah... Tudo bem, nunca me incomodou mesmo, somente uma vez que...

— Que..?

— Foi quando ela apareceu... Começou a doer muito no lugar, eu senti como se estivesse queimando, como se alguma coisa invisível estivesse colocando metal quente na minha pele, e uma dor de cabeça imensa, acabei desmaiando... Porém essa foi a única vez, depois disso ela ficou aí, tentei lavar várias e várias vezes, mas ela não sai.

Assenti processando tudo.
Depois daquilo, Chloe e eu fomos para o jardim, pude perceber o quanto ela estava inquieta, mas ao mesmo tempo deslumbrada pelas belezas da mansão. No caminho damos de cara com Sophie.

— Emmy! E, hã prazer amiga da Emmy, seu nome é....?

— Chloe – Chloe diz e em seguida dia super animada — MEU DEUS, VOCÊ É SOPHIE WHARTON NÃO É? Eu já li todos os artigos que fizeram sobre você!

Sophie sorriu meio tímida, eu ri.

— Fiquem a vontade na casa, se precisarem de qualquer coisa, é só pedirem para algum criado ou mordomo

— Pode deixar – digo

— Se divirtam e... – ela diz, mas aí percebe a marca no pescoço de Chloe, ela congela totalmente

Chloe estava distraída com uma flor amarela, então só eu percebi que Sophie estava olhando sem parar para a marca.

— Sophie? – digo

— Emmy, eu posso pesquisar sobre aquela marca? Tenho certeza que já a vi antes – ela sussurrou só pra mim

Arregalei os olhos, mas assenti, ela se despediu de nós e correu para dentro da mansão.
Chloe e eu continuamos a andar.

— Eu vou começar a falar, tudo bem? – digo

Ela assentiu.

Eu sabia que eu tinha mais o que esclarecer, mesmo curiosa sobre o suposto motivo daquela marca.

— Quando eu tinha 5 anos, fui vendida pelo meu pai, desde então, por isso eu vivi sendo trancafiada, por isso que sempre tínhamos que sair às escondidas lembra? – comecei

— Lembro sim, as vezes que íamos no parquinho ou invadir a escola – Chloe falou rindo

Sorri.

— Bem... A pessoa para quem eu vendida, foi Sérgio Wharton, essa parte você já sabe, o que escondi, foi que, o motivo da venda foi porque ele estava buscando uma esposa para seu filho Dylan, então quando completassemos 18 o contrato faria efeito, ainda não sei o motivo do meu pai ter aceitado tudo, se foram dívidas ou algo assim, mas foi isso que eu entendi.

Chloe ouvia tudo atentamente.

—...Quando fiz 18, vieram me buscar, e foi aí que vi que Dylan era o mesmo babaca que havia conhecido um dia antes naquela boate que fomos nos meu aniversário, não tive escolha, e acabei casada com ele, não se engane Chloe, Dylan é um demônio, ele é horrível... – continuei

Eu dizia tudo, mostrando toda minha frustração e desgraça.

— O Lucas morreu tentando me proteger, meu pai morreu tentando me proteger, você é tudo o que me resta, por isso eu queria evitar ao máximo que se envolvesse – digo, ela me abraçou

PROMETIDA A UM VAMPIRO (Versão Atualizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora