Silver Lines - CK fanfic

14 - Levar a sério

Os novos alunos voltaram ao dojo no dia seguinte. Falcão, Tryna, Berth e Aysha estavam tentando arranjar um apelido para os alunos novos.

— O que acham... imbecil 1 e imbecil 2?

Bert perguntou.

— Achei que faltou um pouco de criatividade... Debby e Loid?

Aysha disse.

— Esses apelidos já tem donos... – Tryna falou se lembrando do irmão e de Marc. – Que tal Dondoca e Panaca?

— Eu sou o Chris...

Um dos dois novatos falou.

— POR ACASO EU DISSE QUE PODIAM FALAR?

Falcão gritando e assustando o garoto fazendo Sol decidir intervir.

— Não precisa gritar... doeu até o meu ouvido, imagina o deles dois... – Sol disse se aproximando do amigo recebendo um abraço do mesmo por trás. – Eles só estão brincando galera.

— Além disso, todo mundo sabe que vocês são Bundão e Babaca. – Miguel falou se aproximando do grupinho ficando entre a prima e o amigo. – E sem agarração vocês dois.

— Às vezes dá vontade de pegar o Falcão na sua frente só para te mostrar o que é agarração de verdade.

Sol disse rindo.

— Pode me pegar agora se quiser...

Falcão disse entrando na brincadeira e Sol passou seus braços ao redor do pescoço do garoto fingindo que iria beijá-lo enquanto o mesmo a pegava pela cintura, ele sabia que não resistiria e acabaria realmente beijando a prima de Miguel, se o momento não tivesse sido atrapalhado se não fosse o sino do dojo sendo tocado chamando a atenção dos alunos e fazendo com que os dois ficassem envergonhados.

— O que o seu pai e esse idoso estão fazendo aqui?

Falcão perguntou sussurrando para Sol totalmente envergonhado.

— Eu também não sei, mas vou descobrir. – Sol falou seguindo até Ethan e Kreese, ignorando Ethan no entanto. – Achei que você estava morto.

— Bom dia para você também filhota... vou falar para o Johnny proibir o tipo de pegação que estava rolando ali entre você e o Eli quando eu cheguei. – Ethan falou brincando. – Se quiserem se pegar vão para outro... ou melhor dizendo não se peguem, não quero ser avô tão cedo.

— Eu e Falcão não estávamos... – A garota começou a falar ficando envergonhada. – A gente não estava... depois eu falo com o senhor... quero falar com esse velho primeiro.

— Agora me magoou netinha. – Kreese falou se fingindo de ofendido. – Chame o Johnny por favor...

Johnny saiu da sala ao avistar a dupla.

— Me diz qual o problema de vocês... pensei que tinham entendido que era para virem amanhã não hoje...

— Hoje... amanhã... o tempo é relativo hermanito. – Ethan falou sorrindo.

— Ótimo... o sensei Kreese estava vivo esse tempo todo, vocês dois sabiam e não tiveram a dignidade de me contar... me recuso a participar da aula hoje.

Sol falou irritada saindo fazendo Falcão e Miguel se entreolharam confusos.

— Turma temos visitas hoje, o senhor Kreese e o senhor... Silver?

— Você sabe que nunca gostei de ser chamado de Silver. – Ethan falou olhando para Johnny antes de voltar para a turma. – Podem me chamar apenas de Ethan...

— Ou o pai da Sol. – Miguel falou feliz.

— Ou sogro do Falcão. – Aysha falou rindo.

— Parem de brincadeira! Quero que mostrem para eles o que eu estou ensinando para vocês... Diaz aqueça a turma.

Johnny falou para Miguel, mas os alunos não estavam levando aquilo de maneira séria fazendo o sensei ficar bravo com a turma.

— Ou você está ensinando numa escola de circo ao invés de um dojo ou eles não te levam a sério nenhum pouco.

Ethan sussurrou para Johnny, fazendo o loiro ficar ainda mais irritado.

— SE VOCÊS NÃO LEVAM O TREINO A SÉRIO VOU FAZER VOCÊS LEVAREM! Amanhã às cinco da manhã, – falou bravo passando o endereço de onde seria o treino. – quem não aparecer está fora da equipe, avisem para a Marisol também.

[...]

No dia posterior Johnny Lawrence fez os alunos prepararem cimento.

— Com certeza vai deixá-los doloridos, mas se quiser transformá-los em durões precisa apresentar a eles algo que tem medo. – Kreese falou para Johnny. – Ninguém tem medo de cimento.

— Eles vão ter. – Johnny falou.

— Não sei o que você está aprontando, mas só me avisa se precisar de advogados. – Ethan falou para o amigo. – Sabe só para prevenir alguma merda.

— O que você aprontou para precisar de tantos advogados a sua disposição? – Johnny perguntou rindo para o pai de Sol. – Relaxa, não vamos precisar... – Antes de se virar para os alunos assim que um caminhão misturador de cimento chegou. – Só porque ganharam o torneio acham que podem relaxar? Eu tenho novidades, ganhar um campeonato não significa nada, um verdadeiro campeão nunca para de treinar, temos que seguir em frente ou vão ficar estagnados como estão agora, igual a esse cimento, se esse tambor não girar o cimento vai endurecer e ficar preso querem que isso aconteça com vocês?

— Não sensei. – Os alunos responderam em uníssono.

— Ótimo, então subam, entrem lá e façam isso girar.

Alguns alunos começaram a protestar por aquilo.

— Sensei isso parece perigoso, os gases vão fazer mal...

Sol tentou protestar.

— QUIETA! – Kreese gritou para a garota. – Esse homem levou vocês até o topo, e ainda questionam ele? Olhem para vocês, olhem para todos vocês... não acredito que esse bando de bundões competiu no torneio regional, muito menos que venceram isso foi um grande milagre e quem foi o responsável por esse milagre? Johnny Lawrence o melhor aluno da história do Cobra Kai, meu aluno.

— Porque você não me contou que ele foi o sensei do sensei?

Falcão perguntou sussurrando para Sol.

— Eu vou dizer que nunca treinei um aluno tão durão em toda a minha vida, então se quiserem saber o que é melhor para vocês é melhor ouvirem cada bendita palavra que ele dizer.

— Eu entro sensei.

Miguel falou entrando na frente.

— Eu também.

Sol falou seguindo os passos do primo, sendo acompanhada por Falcão, Aysha, Tryna e Chris.

Após todos os alunos fazerem aquilo, Johnny e Ethan molharam os adolescentes com mangueiras para tirar o cimento destes.

— Parabéns vocês devem se orgulhar... eu tô orgulhoso. – Johnny falou. – O pai de vocês ficariam se contassem o que fizeram hoje.

— Mas vocês não vão contar! – Ethan complementou sério. – Vocês agiram como campeões, não pararam, não agiram como satisfeitos... se continuarem empurrando e insistindo vocês vão chegar onde jamais imaginariam.

Falcão e Miguel sorriram com as palavras do adulto enquanto Sol apenas questionava se aquelas palavras eram metafóricas ou literais.