CAPÍTULO 56

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***POV KARA *****

A esperança se agita em seu coração e é uma sensação empolgante, mas
assustadora. Ela a ama. Devia dizer isso a Lena. No entanto, é tímida demais
para se declarar. E não sabe como Lena se sente em relação a ela. Mas Kara
sabe que iria até o fim do mundo por Lena.

— Quer sobremesa? — pergunta Lena.
Kara dá um tapinha na barriga.

— Estou cheia.

— É torta banoffee.

— Banoffee?

— Banana, caramelo e creme.
Ela nega com um gesto de cabeça.

— Não, obrigada.
Lena leva os pratos vazios até o balcão da cozinha e volta com uma fatia
de torta banoffee. Sentando-se, coloca o prato na mesa e come uma garfada.

— Hummm… — diz Lena com um apreço exagerado.

— Você está me provocando. Quer que eu queira a sua sobremesa? —
pergunta ela.

— Eu quero que você queira muitas coisas. Neste momento, é a
sobremesa. — Lena sorri e lambe os lábios. Com o garfo, pega um
pedacinho de creme e oferece a ela. — Coma — sussurra, a voz sedutora e
o olhar hipnotizante.
Em resposta, ela entreabre os lábios e aceita a garfada.
Oh, Zot i madh!

Fecha os olhos e saboreia o doce que se dissolve. É um pedaço do
paraíso. Quando ela se concentra em Lena outra vez, Lena está sorrindo
como se dissesse: “Eu avisei.” Lena oferece a ela outro pedaço, maior dessa
vez. Então ela abre a boca sem hesitar. Mas Lena coloca a garfada na própria
boca, sorrindo com malícia enquanto mastiga. Ela ri. A lady é brincalhona.
Ela faz beicinho, e Lena a recompensa com um sorriso maliciosa e outro
pedaço de torta. Seus olhos desviam para os lábios de Kara enquanto Lena
limpa o canto da boca com o indicador.

— Você esqueceu isso aqui — murmura, erguendo o dedo cheio de
creme.
Lá se vai o humor de Lena. Substituído por um olhar mais sério e sensual.
A pulsação de Kara dispara. E ela não sabe se é o champanhe que a deixa
mais ousada ou o olhar ardente de Lena, mas se rende aos próprios instintos.

Inclinando até o dedo e com os olhos fixos nos de Lena, lambe o creme com a
ponta da língua. Lena fecha os olhos e um leve gemido de deleite ressoa
em sua garganta. Encorajada pela reação de Lena, ela lambe o dedo mais uma
vez, depois beija a ponta antes de provocá-la de leve com os dentes. Lena
arregala os olhos e ela fecha os lábios ao redor do dedo de Lena e chupa. Com
força.

Hummm… Tem gosto de limpeza. De mulher.
Lena fica boquiaberta. Kara continua chupando, observando as
pupilas de Lena dilatarem enquanto os olhos permanecem nos lábios dela. A
reação de Lena é excitante. Quem diria que ela tinha o poder de provocá-la? É
uma revelação e tanto. Ela roça os dentes na ponta do dedo de Lena, que geme.

— Dane-se a torta — diz Lena, quase para si mesmo, retirando devagar o
dedo da boca de Kara.
Segura a cabeça dela e a beija, percorrendo com a língua no lugar do
dedo. Molhada. Quente. Explorando-a e reivindicando-a para ela. Kara
reage na hora, os dedos se entrelaçando no cabelo de Lena e a beijando
avidamente de volta. Lena tem gosto de torta e de uma lady. Uma mistura
inebriante.

— Cama ou xadrez? — sussurra Lena nos lábios dela.
De novo? Sim! Ela sente um arrepio correr por seu corpo na velocidade
da luz.

— Cama.

— Boa resposta.

Lena  acaricia o rosto dela, roçando o polegar em seu lábio inferior, e
sorri, os olhos iluminados com uma promessa sensual. De mãos dadas, as
duas sobem a escada. Na entrada do quarto, Lena aperta o interruptor para que
apenas as luzes da cabeceira iluminem o ambiente. Então se vira de repente
e a beija, as mãos de cada lado do rosto dela enquanto a encosta na parede.
O coração de Kara acelera quando Lena pressiona o corpo contra o dela.
Ela a quer. Ela pode sentir.

LADY-LUTHOR -KARLENA Onde histórias criam vida. Descubra agora