Majú...
Estar no comando na hora do sexo foi incrível, Lyon domina minha vida por completo e poder dominar a dele nem que seja no sexo me fez me sentir foda!
Mas sempre tem alguma coisa que dá errado neh? Em meio aquela loucura toda esquecemos do preservativo e tudo bem, não estou chateada por isso, o que me chateou foi o fato dele ter se incomodado tanto com isso, então quer dizer que ter um filho comigo é a pior coisa que poderia acontecer?
Não falo nada, resolvo só ir tomar o meu banho e deixar esse assunto pra lá. Quando aconteceu com o Gabriel foi diferente, eu pedi para não acontecer e ele passou por cima do meu pedido, desta vez não, desta vez foi um esquecimento de nós dois e sem contar que com Gabriel não havia sentimento e mesmo assim eu não me desesperei, lógico que eu não queria engravidar dele e nem naquele momento mais se viesse eu aceitaria de boa. Com o Lyon é diferente, lógico que também não quero ter um filho agora, ainda tenho minha faculdade para fazer, mais se acontecesse eu não ficaria triste, ele é o amor da minha vida e qualquer coisa que venha dele inclusive um Lyonzinho me deixaria feliz, mais enfim, pelo jeito ele não pensa igual.
Saio do meu banho e me deito na cama, ele continua lá deitado de barriga pra cima só que de cueca agora, seus olhos estão abertos olhando para o teto, pensativo.
— Não vai me dizer o que está te chateando? Ele diz se virando de lado me olhando.
— Não é nada! Vamos dormir. Digo dando as costa a ele.
Ele não diz mais nada, só me abraça e eu acaba apagando.
**
Acordo e não vejo Lyon mais na cama, me levanto e vou para o banheiro fazer minha higiene matinal, desço as escadas e ele não está aqui também, quando chego na cozinha a mesa do café da manhã está pronta, pego meu celular para vê se tem algum recado dele e tem!
“ Tive que ir pra boca, não quis te acordar... Daqui a pouco um dos meninos vão levar o remédio pra você.”. Te amo!
Envio pra ele um 👍 e não digo mais nada, tomo meu café da manhã e não demora muito tocam a campainha, vou atender.
— O patrão mandou te entregar isso. Era um dos meninos com uma sacola de farmácia.
— Obrigado! Agradeço e entro.
Dentro da sacola tinha uma caixa da pílula do dia seguinte e três pacotes de camisinha, coloco a sacola em cima da mesinha da sala e vou terminar meu café da manhã.
Por volta do meio dia ele chega para me buscar para almoçar, eu já estou pronta sentada no sofá.
— Não tomou ainda o remédio por que? Ele pergunta como se tivesse chamando a atenção de uma criança que fez arte.
— Por que eu vou tomar depois do almoço, eu sei das minhas responsabilidades Lyon, não sou criança pra você chamar a minha atenção... Respondo ríspida.
— Não estou te chamando atenção Majú, só lhe fiz uma pergunta.
— Tanto faz Lyon, tanto faz! Quer saber... Pego a caixa do remédio e já abro, sigo para a cozinha e pego um copo com água e já bebo o remédio de uma vez. — Pronto! Problema resolvido! Digo voltando pra sala e ele encontra-se parado no mesmo lugar me encarando.
— Diz aí! O que está acontecendo? O clima está pesado entre a gente desde ontem e não consegui entender o por que.
— Você já pensou em ter filho alguma vez Lyon? Pergunto de uma vez.
— Então é isso? Você quer ter um filho?
— Não! Não quero ter um filho, não hoje, mais depois de me formar e me estabilizar financeiramente sim. E você, o que pensa sobre isso? Isso vai ser um problema pra gente no futuro?
— Majú, eu sou bandido! Eu mato e roubo! Meu futuro é morto ou preso, você acha que eu vou querer deixar alguém nesse mundo sem pai sofrendo? Não! Eu não pretendo ter filhos, desculpa.
Fico ouvindo ele falar e estou chocada, eu estou condenada a viver com um cara que futuramente vai morrer ou ser preso e ainda por cima sozinha, sem descendentes algum?! Foi tirada de mim o direito de viver sentindo o amor de mãe e de pai e agora estão tirando de mim o direito de sentir o que é ser mãe.
— Perdi a fome Lyon... Pode ir almoçar sem mim! Digo encerrando o assunto e subindo para o quarto.
— Majú... Ele sobe atrás de mim. Vamos conversar.
— Não temos o que conversar, você já disse o que pensa e eu preciso digerir essa revelação, preciso decidir se é isso mesmo que quero pra minha vida toda.
— Isso o que? Não tô entendendo Majú.
— Preciso decidir se quero que meu futuro seja de uma médica, viúva de um traficante ou uma médica visitando o marido traficante na prisão e sem filhos! Pode ir almoçar e me deixa com meus pensamentos.
— Mulher definitivamente é um bicho doido, arrumam confusão com tudo! Ele saí do quarto bufando e eu fico ali pensando.
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Complexo de Israel ( Morro)
RomanceMaria Júlia García é uma menina de 17 anos que está terminando seu ensino médio, menina tão inteligente que já foi aprovada em duas faculdades para cursar medicina, mas não se enganem achando que a vida dela é fácil, nada na vida de Majú é fácil. De...