Dentro do carro Fael contou que Lyon montou uma equipe de guerra para me proteger, ele sabia que Ricardo podia tentar algo hoje.
Disse que o tiro que eu ouvi foi para assustar as pessoas e criar aquele caos e com isso ter tempo de me tirar da vista do Ricardo. Graças a Deus tudo deu certo e nesse momento estamos subindo o complexo.
— Deixo vocês aonde? Pergunta Fael.
— Deixa ele na quadra, Lorena vai está esperando ele lá.
— E você, não vai ficar?
— Não, quer dizer... Eu vou mais tarde, antes preciso ir em um lugar.
Me despeço de Kadu na porta da quadra e Fael segue com o carro.
— Te deixo aonde Maju?
— Na casa do seu patrão!
— Não posso Majú! Ele não está no apartamento... Está na casa da rua de baixo e lá só com autorização dele, mas posso ligar pra ele e perguntar se... Não deixo ele terminar de falar.
— Não precisa Fael, só me deixa em casa então!
— Se você quiser eu falo com ele Majú ou te deixo na quadra.
— Não precisa, de verdade! Só me deixa em casa que preciso de um banho, depois vou pra quadra.
Ele faz o que pedi, me despeço dele e fecho a porta indo direto para o meu quarto, separo uma roupa mais confortável para o baile e vou direto pro banho, depois do susto com Ricardo eu só queria ir agradecer ao Lyon, não sei o que seria de mim se ele não tivesse armado aquilo tudo mas oh homem difícil de ter acesso...
Tomo meu banho tranquila , desligo o chuveiro, pego a toalha que deixei em cima no vaso, me seco. Me enrolo na toalha e vou em direção ao meu quarto, assim que abro a porta do mesmo tomo o maior susto, ele estava ali sentado em minha cama... Com um boné preto, blusa de manga curta branca deixando aparecer parte da tatuagem do seu braço, calça jeans escura com sua cueca ck a mostra e tênis Nike. Lindo de doer os olhos, fico tanto tempo admirando cada detalhe de seu corpo que só depois de um bom tempo que me dou conta que estou só de toalha.
— O que faz aqui? Pergunto parada ainda na porta do meu quarto.
— Você queria falar comigo? Seus olhos passeiam pelo meu corpo e mesmo eu estando de toalha me sinto como estivesse nua em sua frente.
— É, queria... Mas você é um cara de difícil acesso e ocupado demais.
— Já avisei que você tem acesso liberado na minha casa.
Nossa conversa é calma e sempre olho no olho.
— Tarde demais pra isso, você já está aqui.
— É, tô! Você está bem?
— Você me dá dois minutinhos só para eu me arrumar? Aí a gente conversa?
— Ok... Te aguardo aqui na sala.
Ele sai do quarto e eu fecho a porto me encostando nela, fecho os olhos e me perco no cheiro que ele deixou no ambiente. Deus, tira esse sentimento de dentro de mim! É o que oro, não adianta eu me iludir já que ele nunca me olhará como mulher.
Desencosto da porta e me arrumo rápido, penteio o cabelo e passo um batom sútil, rímel, lápis de olho e nada mais. Saio do quarto e ele está sentado no sofá mexendo no celular, assim que sente minha presença no ambiente ele levanta seu olhar e coloca o telefone no bolso.
— Você não me respondeu, você está bem?
— Tô aqui não tô? Viva! Graças a você. Falo encarando-o.
— E aqui? Ele aponta para a cabeça dele querendo saber como está meu psicológico.
— Acho que está bem também, ainda não tive tempo para pensar direito no que aconteceu.
— Qualquer coisa que sentir sabe que pode contar comigo neh?
— Agora eu sei! E é sobre isso que queria falar com você... Me aproximo dele e estendo minha mão direita para que ele pegue.
Assim que ele a toca um arrepio percorre todo o meu corpo, meu rosto cora na hora por que me sinto constrangida com a sensação mas finjo que nada aconteceu, puxo ele abraçando e continuo.
— Queria te agradecer.
— Não precisa...
— Shuuu, deixa eu falar... O interrompo.
— Eu quero te agradecer por cuidar de mim, por ter se preocupado comigo.
Hoje com certeza não estaria aqui se não posse por você.Dou um abraço forte nele e um beijo em sua bochecha.
Quando vou tentar sair de seus braços ele não deixa, encaro ele sem entender, mas não digo uma palavra por que era ali que eu sempre sonhei em estar.
Ele cheira meu pescoço e involuntariamente fecho meus olhos, sentido cada toque do seu nariz, seus lábios levemente molhados tocam minha bochecha, meu pescoço, meu olho, meu queixo até chegar em minha boca...
Lyon...
Quando meu rádio tocou e Fael disse que estava tudo bem com ela senti como se um peso tivesse saído de cima de mim, ele me contou tudo que aconteceu e decidimos que mais pra frente teremos que fazer algo sobre esse assunto, não tem como deixar esse cara por aí armando contra Majú enquanto ela fica presa com medo dele.
Não demora muito Fael entra em minha casa e conta que Majú queria vir aqui mais pelo jeito não queria ser anunciada, no final resolveu ir pra casa.
Agradeci ele pelo bom trabalho e fui até a casa dela, seja lá o que for que ela tenha para dizer quero saber logo.
Como não sou homem de ser anunciado, com meus macetes consigo entrar em sua casa, ouço barulho de chuveiro e mesmo louco para dá uma espiada nela me contento em sentar em sua cama e ficar esperando.
— Tira isso da cabeça Lyon, ela é só uma criança! Meu subconsciente grita!
Vê Majú aparecer na minha frente só de toalha fez meu corpo estremecer todo, foi inevitável não olha-la de cima a baixo e acho que ela percebeu meu estado por que logo pediu para eu aguardar ela trocar de roupa.
Ela reaparece e enfim ela diz o que queria, pedir desculpas... Ela queria agradecer, mas o que me desmontou foi o fato dela me abraçar, seu abraço foi tão verdadeiro, tão aconchegante que minha vontade era de permanecer ali para sempre.
Sinto quando ela tenta sair dos meus braços mas eu simplesmente não consigo larga-la, ela me olha estranhando minha atitude mas não diz nada então em um lapso de coragem e tacando o fod∆-s€ começo a sentir seu cheiro deliciosamente adocicado, beijo cada pedacinho do seu pescoço até chegar em sua boca e aí filho, já era o pouco de consciência que ainda me restava.
Nosso beijo começa tímido e lento mas tudo muda completamente quando sinto o toque de sua língua na minha, sem desgrudar nossos lábios vou direcionando ela até o sofá . Deitando ela lentamente me posiciono em cima dela e acaricio cada pedacinho de seu corpo e quando as coisa começam a esquentar ela para tudo.
— Se depois disso você for virar as costas pra mim e dizer que sou criança, vamos parar aqui.
E c∆ralh0, isso me bambeou. Eu quero ela, meu corpo quer também, minha alma mais ainda mas a porr@ da consciência insiste em dizer que ela é só uma criança e que eu sou torto demais pra ela.
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Complexo de Israel ( Morro)
Roman d'amourMaria Júlia García é uma menina de 17 anos que está terminando seu ensino médio, menina tão inteligente que já foi aprovada em duas faculdades para cursar medicina, mas não se enganem achando que a vida dela é fácil, nada na vida de Majú é fácil. De...