Capítulo 98

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Lyon...

Estou fazendo a ronda com Fael e um dos meus seguranças, quando o telefone de Fael toca.

— Diz aí... — Tem certeza disso? — Ok, vou conversar com ele!

Fael desliga o telefone e me olha procurando palavras para começar a falar.

— Não enrola Fael, diz logo!

— Ramon confirmou que aquela parada do atentado contra você...

— Ok... Então vamos armar uma emboscada pra ele e acabar com isso logo... Quero que envie os restos dele para a irmã, aquela vagabunda vai saber que o irmão morreu pela mentira dela.

— Tú sabe que pegar ele não é tão fácil assim, ele é protegido por pessoas do alto escalão.

— Tô ligado, mas quero que eles se fodam, ele mexeu com a pessoa errada!

— Lyon... Fael passa a mão na cabeça. — Cara, se tú matar o “maromba” os políticos que ele lava dinheiro vão vir pra cima de você... Nem deixo ele terminar de falar.

— Tá com medo mané?  Só faz o que estou mandando e deixa que com as consequências eu sei lidar!

— Você é quem sabe! Missão dada é missão cumprida.

Fael se despede de mim e acelera sua moto indo embora, fico pensando em tudo que está acontecendo e em o que está por vir, Fael tem razão, uma vez que eu mexer com maromba toda corja política virá pra cima, mais não tenho o que fazer, se eu não matar maromba, certamente ele me matará um dia.

**

Volto pra casa com a cabeça a mil, mais vê Majú deitada de costa com aquela tatuagem toda a mostra me acalma, saber que enfim ela é minha e que me ama a ponto de fazer uma tatuagem desse tamanho e com um significado que qualquer pessoa que veja vai saber de imediato que foi feito especialmente pra mim me faz ter a certeza que estaremos ligados para sempre. Tomo o meu banho e me deito ao seu lado, ela se mexe e me olha com aqueles olhos pequenos e inchados de sono.

— O que foi? Ela pergunta.

— O que foi o quê? Pergunto sem entender.

— Tá preocupado? Ela se senta me analisando.

— Volta a dormir Majú, está tudo bem! Ela ainda fica me encarando por alguns segundos mais volta a deita e me abraça forte enfiando a cabeça no meio do meu pescoço.

Acordo com meu rádio apitando, olho no relógio que tem na mesinha de canto da cama e vejo que ainda são 2:50 da madrugada, Majú se mexe mais não acorda, me levanto com calma para não acorda-la e saio dali para atender.

— Qual foi?

— Lyon, tem que ser agora a parada do maromba. Recebi a informação que ele está em um motel aqui perto com uma mina, oportunidade igual a essa não teremos tão cedo, autoriza a nossa saída? Fael pergunta, fico pensando na possibilidade de dá alguma coisa errado por que não gosto de fazer nada que não seja planejado.

— Eu vou com vocês! Resolvo ir, vou me sentir mais confortável estando lá.

— Não Lyon! Fica aí tranquilo que vai ser rápido.

— Não estou te pedindo, eu já estou saindo de casa! Assim que digo isso, desligo o rádio.

Volto para o quarto, pego uma blusa e uma calça, estou na ponta do pé para não acordar a Majú mas assim que estou saindo do quarto ela diz:

— Vai aonde? Respiro fundo antes de me virar para ela.

— Vou precisar sair, volta a dormir e antes de você acordar estarei de volta.

— Não foi essa a pergunta que te fiz Lyon, onde você vai? Ela pergunta de novo agora me encarando já que me virei de frente pra ela.

— Vou pra uma missão, coisa rápida.

— Assim do nada? Ela questiona.

— Majú, volta a dormir, juro que não vou demorar. Me aproximo dela e dou um beijo em sua boca.

— Jura que você volta pra mim? Ela me pergunta com os olhos cheios de lágrimas.

— Claro que volto! Fica tranquila, não vai ser nada demais.

Saio do quarto e depois de trepar em minha moto sigo para o QG, lá está Fael e mais 7 dos garotos mais foda do complexo. Depois de Fael me passa todas as informações sobre o local que maromba está, solto umas palavras motivacionais para a galera e partimos rumo ao tal motel.

A operação foi um sucesso, paguei por um quarto e através do corredor de acesso dos funcionários consegui entrar no quarto dele, não deu tempo nem dele reagir, enquanto ele comia a puta eu dei um tiro só certeiro na nuca dele, seu corpo caiu por cima da mulher que iniciou uma gritaria mais apontei a arma pra ela e fiz gesto de silêncio, ela me entendeu, tanto entendeu que calou a boca na hora!

O otário é traficante e anda sem segurança! Mané mesmo!!

Os garotos que vieram com a gente enrola o corpo dele em um lençol e coloca na mala do carro, antes de sair olho para a mulher e digo:

— Pede um Uber e mete o pé daqui, ninguém vai tocar no assunto da morte desse traste e espero que você também não toque! Segue sua vida e se abrir a boca te caço e faço pior com você, entendeu? Ela faz que sim com a cabeça chorando baixo, dou duas notas de 100 pra ela e saio daquele motel.

Quando entramos no local já pedi logo pra falar com o gerente, que veio me atender prontamente, eu poderia matar aquele babaca e deixar a polícia limpar o local mais não queria confusão então só informei o que eu iria fazer e pedi ele pra desligar as câmera, digamos que ele não teve opção a não ser aceitar tudo que eu falava.

Depois que saí do motel dei ordens aos meninos que descartasse os pedaços dele em pontos diferentes da Cidade e enviasse a cabeça dele para a irmã com o seguinte bilhete.

Isso aconteceu por sua causa, mentiu tanto que fui obrigado a matar antes que eu morresse satisfeita?”

— Sabe que tem que se preparar pra guerra neh? Fael diz antes de entrar no carro.

— Já nasci preparado, não tenho medo da morte Fael, mais tenha certeza que antes de eu ir levo umas dezenas comigo!

Chego em casa e Majú está sentada no sofá, olho no relógio e são 5:45 da manhã, assim que ela me vê levanta correndo e vem me abraçar.

— Ei, que foi? Eu disse que voltaria pra você não disse? Falo com ela em meus braços.

— Sim, mais eu estava com medo... Você não é de sair assim do nada. Ela choraminga.

— Vem, vamos deitar ainda é muito cedo! Puxo ela para o quarto e depois de um banho me deito ao seu lado.

Complexo de Israel ( Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora