Naquele inverno / Vol. 2

Capítulo 40: Flor de laranjeira.

Alfredo

Princesa — A gente só queria saber se vocês iriam poder aparecer.
Sei que é em uma quinta feira e provavelmente vocês não tem tanto tempo pelo trabalho, mas seria muito importante.

Alfredo — Lembrando que é uma surpresa, então ninguém pode contar nada pro meu irmão.

Beca — Aniversário do Pietro?
Lógico que eu vou.
Mas de jeito nenhum eu levo o Vincent!

Ian — Você sabe que a gente colocou ele no grupo também, não é?

Beca — JWBSJSBSJSJSBAH
MERDA!
EU ODEIO VOCÊS!

Vincent — Ela supera, gente.
Não liguem.

Beca — Seu babaca sem coração!

Vincent — Você tava falando mal de mim achando que eu não estava lendo e eu que não tenho coração?

Alfredo — Crianças, controlem os hormônios.
Já entendemos que vocês estão querendo se pegar.
Mas desse jeito é um pouco constrangedor.

Beca — Você é o pior, Alfredo!
O pior!

Ian — Vocês vão aparecer ou não??

Vincent — Eu vou.

Beca — Óbvio que sim.

Gavin — Não sei do que estão falando, mas se envolve festa eu tô dentro.
A Grace também, obviamente.

Cupcake — Eu vou, apesar do Gavin dar um de metido e confirmar no meu nome.

Abri um sorriso, apagando a tela do celular enquanto pegava minha mochila. Pietro estava ocupado fechando a padaria, que nem sequer estava prestando atenção em mim ou imagina que estávamos falando dele.

—Escuta... —Caminhei até ele, o ajudando a guardar o restante das coisas. —Você quer mesmo ir na fazenda?

—Não quero, eu vou. —Afirmou, com os ombros tensos e o rosto todo tenso. Ele ficou assim o dia todo depois de eu falar o que Grace havia me contado. Sabia que ele ia ficar irritado, mas não pensei que iria querer falar com ela. —Não vou ouvir isso que você me contou, sobre a minha namorada, e deixar passar em branco. Ela tem que aprender o lugar dela.

—Tudo bem. —Soltei uma risada, esfregando uma mão uma na outra. —Vou pensar em algo que faça aquela mulher ficar chocada e furiosa a ponto de desmaiar.

—Alfredo... —Meu irmão riu, apesar do tom de alerta.

—Relaxa, eu tô brincando. —Peguei as chaves do carro e caminhei em direção a saída da cozinha. —Ou talvez não.

Escutei a risada dele do lado de dentro e isso me deixou feliz. Sai da padaria e caminhei até o carro, abrindo a porta e enfiando minha mochila lá dentro. Ainda precisava esperar Grace e Gavin chegarem do treino. Não sabia ao certo o que ela tinha em mente essa noite, mas iria fazer de tudo pra que ela fosse dormir lá em casa de novo. Quero aproveitar o tempo que tenho com ela antes que ela volte pra Nova Iorque e nossos encontros sejam reduzidos.