Capítulo 9

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Acompanhei a sala com os olhos, e vi uma poça de sangue, o que me apavorou mais ainda. Até ver o corpo da  Vic. Aquilo não era possível. O que teria acontecido aqui?

Liguei para a emergência, ainda apavorada. Respondi todas as perguntas e desliguei o celular. Fiz uma oração em espírito. Verifiquei a pulsação dela, e senti o alívio ao ver que seu coração ainda batia. Mas os batimentos eram fraco, e eu temia pela emergência não chegar a tempo.

Mas eu não podia ficar sem fazer nada, mas eu ainda não era médica. Me ajoelhei ao lado dela e comecei a orar...

Meu Deus, Tu és justo, e tudo que Tu fazes tem um propósito, ó Pai, tem misericórdia da Vic, sei que Tens planos para a vida dela, e mesmo que ela ainda não tenha confessado os seus pecados e ter Te pedido perdão, eu sei que Tu estás cuidando dela, como também de mim e de todos os seus filhos, eu sei que isso é para que Teu nome será glorificado Senhor porque através de uma vida muitas outras podem se salvar, Senhor, Tu és o único que merece toda glória e honra, eu Te agradeço por tudo, que a Tua graça nos cerque, amém.

E quando terminei a ambulância chegou e logo atrás a polícia, colocaram ela na maca e um policial começou a me interrogar.

─ A srta. estava em casa quando isso aconteceu? - perguntou um policial.
─ Não. Eu estava na igreja, e quando eu cheguei a encontrei, já estava no chão cheia de sangue, eu verifiquei a pulsação dela e liguei para a ambulância. - falei nervosa.

O policial fez mais algumas perguntas e me liberou. Eu fui direto para o hospital, ela tava sendo atendida quando cheguei e mandaram chamar os pais dela, mas eu não fazia ideia de quem eles eram, liguei para as meninas e elas me disseram que vinham correndo pra cá.

Eu estava muito aflita, pois nunca estive numa situação como essa, eu estava em costante oração de espírito.  Andei de um lado para o outro e resolvi ligar para a minha mãe.

─ Oi filha. Que saudades! Tá tudo bem?
─ Oi mãe, também estou. Comigo está sim, mas com a menina que divide o quarto comigo não. - falo quase chorando.

É fato que eu conhecia a Vic a pouco tempo, mas nesse pouco tempo eu já gostava muito dela.

─ O que houve com ela?- perguntou.
─ Eu fui para igreja, e quando voltei pra casa ela estava deitada no chão da sala, cheia de sangue. To precisando tanto de você mãe! - falo sem conter as lágrimas.
─ Vou chamar o seu pai para gente ir amanhã, agora está muito tarde pra ir, mas fica calma filha, ora por ela, e lembre-se que Deus está cuidando de tudo.
─ Amém mãe. Vou ter que desligar. - falo olhando pro médico que está vindo pra sala de espera.

─ Tá bom. Te amo filha, fica com Deus.
─ Também te amo. - Desligo.

─ Parentes da Victória Philips. - falou o médico quando se aproximou.

Eu me levanto e ele se aproxima de mim.

─ Você é o que dela? - perguntou olhando os papéis que estavam em suas mãos.
─ Sou amiga, divido apartamento com ela, e não sei nada sobre os parentes dela. - falei e ele levantou a cabeça para me olhar.

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O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer a sepultura e faz tornar a subir dela. - I Samuel 2:6

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No Tempo de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora