Já tinha se passado 10 minutos, e nada deles.
Me levantei e andei de um lado para o outro. O que eles estariam conversando tanto?
Adam começou a rir.
─ Veja pelo lado bom, pelo menos não é com seu avô. - disse e eu lancei um olhar mortal para ele. Meu avô é ciumento, sim, mas ele é um avô maravilhoso e uma ótima pessoa. ─ Não imagino ele com um fuzil, parece uma pessoa tão boa. Acho que ele diz isso só para fazer medo.
─ Ele não mente Adam. Meu avô era do exército e só saiu por causa da vovó. Ele tem uma sala com todo tipo de arma, e de fato, o que mais tem lá é fuzil. - falei e ele engoliu em seco.
─ Você já entrou lá? - perguntou.
─ Mas é claro. Como você acha que eu sei?
─ Sei lá. E você não teve medo de entrar não?
─ Adam, você está falando igual uma menininha. - falei e ri. ─ Acho que herdei a paixão de armas dele, claro que não gosto tanto quanto ele, mas ainda acho legal. Só não vejo necessidade de usá-las, em nada.
─ Mas... - falou e logo se calou, quando ouviu uma porta se abrindo. Me sentei ao seu lado e enxuguei o suou das minhas mãos.Ian vinha descendo as escadas e meu pai vinha logo atrás dele. O clima entre eles estava normal, o que me deixou mais aliviada. Ele chegou perto e eu me levantei. Ele me abraçou e beijou minha testa.
─ Tchau, belle. - falou.
─ Já vai? - perguntei, fazendo biquinho.
─ Já, né Adam? - perguntou e Adam se levantou na mesma hora.
─ É sim. - falou e me puxou dos braços de Ian, e fui para os dele. A diferença de altura era enorme. Não que Adam fosse baixo, muito pelo contrário, ele é bem alto, mas Ian é alto demais. Não sei como não fui jogada em marte quando nos esbarramos pela primeira vez na faculdade. Ri com meu pensamento.
─ Que ousadia. - falou Ian fuzilando ele com o olhar.
─ Vai virar saco de pancada. - falei e Ian riu.
─ Eu já sou. - resmungou e eu ri. Voltei a lembrar da primeira vez que vi Ian, sorri comigo mesma.
─ Ela tá em marte. - falou Adam e eu ri de novo.
─ Lembrei da primeira vez que vi Ian. - falei e Ian riu. Adam virou meu rosto, para olhar para ele.
─ Isso é porque você está, a-p-a-i-x-o-n-a-d-a. - disse rindo. Eu mostrei a língua para ele e fui para os braços de Ian. Adam saiu e Ian beijou o topo da minha cabeça, os braços dele é o melhor lugar do mundo. Ian se afastou de mim e logo acompanhou Adam.Meu pai se aproximou de mim.
─ Como foi? - perguntei.
─ Normal. - falou, dando de ombros.
─ E sobre o que vocês conversaram?
─ Coisas. - falou e eu fingi não ouvir aquilo.
─ E sobre o que vocês conversaram? - insisti.
─ Não foi sobre você, tá bom? - falou e me abraçou.
─ Pai... - choraminguei. ─ O senhor não pode me deixar na curiosidade.
─ É claro que posso. - disse e eu sai do seu abraço.
─ Retiro minhas palavras sobre o senhor ser o melhor pai do mundo. - falei emburrada, odeio ficar na curiosidade. ─ Ah, e eu pergunto para ele.
─ Ele não vai dizer. - falou sorrindo e eu subi as escadas pisando fundo e fui para o meu quarto.Eu aceito tudo, menos que me deixem na curiosidade. Eu sou a curiosidade em pessoa. Eu tenha culpa? Lógico que não! Qual o problema de me contar só um pouquinho?
─ Kate? - chamou ele na porta.
─ Estou revendo meus conceitos sobre o senhor. O único pai que tenho agora é Deus.
─ Você está exagerando. - falou e sentou ao meu lado na cama.
─ Lógico que não. - falei e ele sorriu.Ele me abraçou e automaticamente esqueci que estava com raiva dele.
─ Tenho uma coisa para você. - falou.
─ O que? - perguntei, curiosa. Ele mostrou um pote grande de Nutella e eu comecei a beijar seu rosto inteiro e começou a gargalhar. Ele deitou e eu coloquei a cabeça em seu peito.
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No Tempo de Deus
SpiritualeHistórias de amor é o que resume a vida de Katherine Adams. Ela começa com o primeiro amor onde o Salvador deu a Sua vida por ela e por toda a humanidade. Esse gesto à ganhou, por inteiro. Até que surge o amor que traz decepções e dores. Ian Hunter...