Capítulo 19

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─ Filha, faz quanto tempo que você não toca piano? - pergunta minha mãe lá da cozinha. Ela pediu pra fazer a comida e claro que eu deixei, ela cozinha como ninguém.
─ Desde o dia que me mudei pra cá mãe.
─ E você vai que horas pra faculdade?
─ Saio daqui antes das 7:30.
─ E que horas volta?
─ Mãe, o que a senhora tá planejando? - perguntei cismada.
─ Nada filha. Posso nem saber a hora que você chega?
─ Claro que pode. Eu chego umas 1:20, mas amanhã eu talvez só chegue umas 4:30, por causa dos dias que faltei.
─ Tá bom.
─ E essa comida aí? Tá com um cheiro ótimo!
─ Tá quase pronta.

Depois que conversei com meu pai, tive mais força, é sempre bom conversar com ele. Ele e minha mãe foi o melhor presente que Deus me deu.

Vou pro meu quarto e pego minha bíblia, abrir no Salmos 71-24.

"Tu, que me tens feito ver muitos males e angustias, me darás ainda a vida, e me tirarás dos abismos da terra. Aumentarás a minha grandeza, e de novo me consolarás. Também eu te louvarei com o saltério, bem como a tua verdade, ó meu Deus; cantar-te-ei com a harpa, ó Santo de Israel. Os meus lábios exultarão quando eu te cantar, assim como a minha alma que tu remiste. A minha língua falará da tua justiça todo o dia; pois estão confundidos e envergonhados aqueles que procuram meu mal."

Guardei minha bíblia e comecei a ver o quanto Deus é bom. Ele tem me guardado e me livrado do mal, e me dado forças pra continuar, não saiu do meu lado um minuto se quer e como eu amo esse Deus. Ele é tão grande e poderoso, e mesmo assim se importa comigo, Ele me ama tanto que deu o seu único filho para me salvar. Por que Ele me ama eu não sei explicar, não sei nem mesmo o porque, mas sou mais que grata a Ele, por isso que falo constantemente do seu amor, por isso que eu O louvo de todo o meu coração, e Ele me guiará, e eu sei que Ele sente felicidade em mim, por ser fiel a Ele. Deus é o meu melhor amigo, o pai, o meu salvador, meu protetor.

Quando me dei conta já era quase 6:00 horas e tenho que ir pra igreja. Preciso chamar a sra. Grace. ─ Não tenho o número dela. - reclamo comigo mesma. ─ Hellen tem sua besta. - resmungou meu subconsciente.
Liguei pra Hellen e pedi o número de Grace.

E ao invés de mandar e-mail resolvo ligar.

─ Alô. Sra. Grace?
─ Alô. Não, não é ela não. - falou um homem cuja voz não me é estranha.
─ E quem é? - perguntei confusa.
─ É o filho dela. O que deseja?
─ Ah, é você Aidan. Sou eu, Katherine. Liguei pra sua mãe pra chamá-la pra ir a igreja hoje.
─ Ah, oi. Eu vou perguntar a ela.

5 segundos depois:

─ Aonde fica?
─ Aqui pertinho. Vocês vem e vamos todos juntos.
─ Tá bom. Tchau.
─ Tchau.

Saí do quarto e fui procurar minha mãe.
─ Mãe? - chamei, mas ninguém respondeu.
─ Mãe, tá aí? - tentei novamente.
─ Oi filha, estou aqui.
─ Aqui na onde?
─ Na dispensa.

Ela saiu e foi até mim.

─ A gente vai pra igreja hoje. E Grace e Aidan vão passar por aqui.
─ Tá bom.
─ E papai, onde está?
─ Ele saiu, mas já deve estar voltando.

Olhei desconfiada pra ela e saí. Fui tomar meu banho, enquanto tomava banho me perguntava que roupa deveria vestir, mas como sempre, resolvo usar um vestido. ─ Meu inconsciente revira os olhos pra mim. ─ peguei um vestido rosa claro rodado, é uma graça de vestido. Coloquei meu salto cinza, um pouco de maquiagem. Mudei o lado do meu cabelo e cortei umas pontinhas da minha franja. Estava pronta pra ir a igreja.

Quando saí meu pai e minha mãe já estavam prontos, e a campainha tocou. Fui atender, e lá estava Aidan e Grace na porta. Ela estava linda, e ele também, estava de terno.
Aidan me avaliou.
─ Você está linda.
─ Obrigada. Você também está.

Fomos pra igreja. O culto foi mais que abençoado, e quando terminou, fui falar com Mel e Chrissy.
─ Menina, quem é aquele que chegou com você? - perguntou Mel assim que me aproximei.
─ Ele é irmão daquela menina que eu pedi oração, lembra?
─ Lembro sim. - respondeu. ─ Ele é lindo. - continuou ela.

Ele ia passando e resolvi chamar.

─ Aidan? A paz do Senhor.
─ Amém. - falou.

Comecei a formal apresentação.

─ Mel, Aidan. Aidan, Mel. - se cumprimentaram com a paz do Senhor e um abraço.
─ E essa é Chrissy. - ele ficou um tempo olhando pra ela, e vice-versa.
Eu pigarreie.

Eles deram a paz e um abraço.
Nos chamaram para ir embora. Aidan se despediu das meninas e e logo depois eu, primeiro dei um abraço na Mel e depois em Chrissy.
─ Ora primeiro. - falei baixinho quando abracei ela.
Ela confirmou e eu saí.

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Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar  minha palavra, nunca verá a morte. - João 8:51.

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No Tempo de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora