Capítulo 38

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Quando apareci na sala lá estavam eles. Maureen sorriu para mim, correu e me abraçou.

─ Estava com saudades de você. - falou.
─ Eu também estava, com muita. - falei com sinceridade. Ela se afastou e foi a vez de Greggory.
─ Estava com saudades, e você está cada vez mais bonita.
─ Só você que acha Gregg.
─ Não é não, você está uma gata mesmo. - falou Maureen. ─ Por que não nos avisou que estava aqui?
─ Faz pouco tempo que cheguei Mau, mas me perdoe mesmo assim.
─ Tudo bem Kate, amanhã eu volto que a gente estava só de passagem.
─ A gente não, só você. - falou Gregg e rimos.
─ Gregg você disse que ia comigo para me ajudar.
─ Tá. - falou ele revirando os olhos.
─ Amanhã eu volto. - falou Maureen.
─ Quando você terminar você já pode voltar. - falei e sorri.
─ Tudo bem, tchau.
─ Tchau. - falei e os levei até a porta.

Eu conheço Maureen e Gregg desde pequena, crescemos juntos. Os meus melhores amigos. E de repente todas as lembranças do passado voltaram.

─ Como eles souberam tão rápido? - perguntei confusa a minha mãe.
─ As notícias aqui correm rápido, você sabe.
─ Mamãe, vou sair. - falei.
─ Volte antes do jantar. - ela falou e eu fui embora.
Lembrei dos meus avós, resolvi fazer uma visitinha a eles.

Cheguei na casa deles e toquei a campainha. Vovô foi abri.

─ Minha netinha, como você está? - perguntou ele quando me viu. Eu entrei e abracei ele.
─ Vou bem, e o senhor? - perguntei.
─ Estou ótimo minha flor. - ele falou, eu ia perguntar pela minha avó, mas ele me interrompeu. ─ Se vai perguntar da sua avó, ela está lá na estufa. - ele falou e eu sorri e fui para a estufa.
─ Oi vovó. - falei quando cheguei. ─ Oi minha menina, que surpresa boa. - ela falou, colocando água nas rosas vermelhas. Ela foi até mim e me abraçou.
─ Quando você chegou? - perguntou.
─ Hoje de manhã vovó. - falei e mexi numa flor, ela se abriu e eu ri.
─ Você sabia que a árvore grande não é a mesma desde que você foi embora, minha menina? - falou minha avó com os olhinhos brilhando.
─ E o que aconteceu com ela? - perguntei.
─ Fica solitária. - vovó falou e rimos. ─ Vamos para dentro. - ela falou e guardou as coisas. Entramos e o vô estava na cozinha, esperando por nós. Vovó foi direto na geladeira. Ela gosta de me entupir de comida, e eu amo quando ela faz isso.

─ Quando vai me dar bisneto, minha menina? - perguntou minha avó trazendo um pavê. Eu a olhei confusa. Meu avó a olhou com carranca. Eu ri. Era apenas provocação. Meu avô é possessivo, ele quase não deixava mamãe casar com meu pai, agora o ciúme dele passou para mim.
─ Acho que nem tão cedo vozinha. - falei e vovó sorriu.
─ Assim eu não preciso usar meu fuzil. - falou vovô, minha avó riu novamente.
─ Um dia ela vai ter que casar Germano. - falou minha avó.
─ Ela casa se ele sobreviver ao meu fuzil. - ele falou carrancudo,foi inevitável não rir.

Depois que vovó me entupiu de comida eu fui andar. Fui em direção ao bosque. Eu, Maureen e Gregg vivíamos aqui, dizíamos aventureiros. Sorri ao lembrar. Achamos a maior árvore do bosque e escrevemos nossos nomes, fui até ela e ainda estavam lá. Era bem afastada da cidade, mas era muito linda.

Senti uma pessoa atrás de mim, por um segundo fiquei com medo até senti o cheiro.

─ Buuuuh. - falou e eu me virei para ela e sorri.
─ Não Kate, toda vez isso. Eu nunca consigo. - falou ela choramingando e fazendo biquinho.
─ Conheço o seu cheiro, boba. - falei sorrindo para Maureen.
─ Falando nisso, você está com um cheiro muito bom. Já sei! Você estava na estufa da sua avó não era? Você sempre sai com esse cheiro quando entra lá. Desde quando éramos pequena, mas eu só sinto em você. - falou ela confusa, e eu dei de ombros.
─ Como me achou aqui? - perguntei.
─ Eu vi você na rua e te gritei, mas você não ouviu. Por isso resolvi te seguir.
─ Da pra servir ao FBI. - falei e ela gargalhou.
─ Vamos pra casa. - ela falou e fomos conversando.
─ Gregg tá lá? - perguntei.
─ Não, ele saiu com Nick e outros meninos.

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