Eu acho que voltei a ter 10 anos e fui teletransportada para o meu quarto.
Acordei as 7:00 da manhã, fui ao banheiro, fiz tudo que me era necessário. Quando saí meus pais já estavam arrumando suas coisas para irem.
─ Não queria que fossem. - falei chorosa a meu pai começou a rir. Ele foi até mim e passou o braço por cima dos meus ombros.
─ Ah Kate, queria mesmo que você ainda tivesse 10 anos. Mas crescer é necessário filha.
─ Mas eu me senti uma criança de 10 anos mesmo com aquele teletransporte. - falei rindo.
─ E você não sabe o trabalho que me deu. Seus ossos pesam muito e não são nada pequenos.
─ Pai! - falei indignada. ─ Eu não tenho só osso. E 1,69 de altura não pesa tão pouco. Mas, cadê a mamãe?
─ Ela está dentro do quarto arrumando as malas. - ele falou e eu dei um beijo em sua bochecha e saí do seu braço para ir ver a mamãe.Eu fui até o quarto da Vic, que era o que eles estavam esses dias que passaram aqui. Entrei em silêncio e vi ela destraída guardando as roupas.
─ Oi minha princesa. Muito tempo que está aí? - ela perguntou ao me perceber.
─ Não, cheguei agora. - falei e comecei a ajudá-la.
─ É tão ruim quando os filhos crescem. E também bom ao mesmo tempo. - falou ela sem conter as lágrimas.
─ Mãe, pra senhora eu cresci apenas no tamanho, vou ser sempre sua menininha que ama comer doces escondido. Eu estarei sempre com você minha rainha, a senhora e o papai são os melhores presentes que Deus me deu. E ele cuida de mim mãe, nada vai me acontecer que não seja da sua vontade ou permissão. E se ele permitir é porque era o melhor a acontecer. Lembre-se de que tudo tem um propósito e assim como Deus cuida de mim ele cuida de vocês dois mamãe.
─ Eu sei filha, eu sei.Ficamos em um silêncio agradável e voltamos a guardar as roupas.
─ Mãe o filho de Susan vai vir pra cá hoje.
─ É aquele que foi te levar no hospital?
─ É sim.
─ Ele tem a cara de que não quer nada com a vida, mas quando se olha bem nos seus olhos percebe-se que ele tem algo bonito dentro dele.
─ Não mamãe, ele não tem. Um ser humano só tem algo bonito dentro dele, quando o Espírito Santo de Deus o habita, que não é o caso de Ian ainda.
─ Ainda? - perguntou com um sorriso no rosto.
─ Ainda! - falei retribuindo seu sorriso. ─ Eu creio que Deus vai fazer coisas grandes na vida dele.
─ Foi ele que Deus escolheu pra você num foi? - ela perguntou e eu deitei colocando a cabeça em seu colo e ela começou a mexer em meus cabelos.
─ Foi mamãe. Por mais que todos digam que não, eu sei que foi. - eu falei com um sorriso no rosto.
─ Eu percebi o quanto seus olhinhos brilham quando você falou dele. Mas cuidado meu amor, você sabe que muitas vezes os homens leva-nos para o mal caminho e fazemos coisas que desagradam a Deus e afastam o Santo Espírito.
─ Claro que eu terei cuidado mamãe. Deus não merece que eu peque contra ele.
─ Amém querida. - ela falou e voltamos a ficar em silêncio.As 8:30 meus pais já estavam com tudo pronto para irem embora.
─ Pai, vamos tocar uma última vez? - falei indo em direção ao piano.
─ Claro, claro. - ele falou e veio até mim e sentou-se ao meu lado. Quando íamos começar a campainha tocou e minhas mãos soaram ao pensar em quem poderia ser.
─ Eu atendo. - falou minha mãe se levantando do sofá e indo em direção a porta.
─ A Katherine está? - ouvi a voz de Ian na porta.
─ Ela está sim. Entra.
Ele olhou para sala inteira até que seus olhos chegaram até mim e o papai. Ficamos nos encarando até eu me lembrar que meu pai estava do meu lado. Ele me olhou torto.
─ Eu ia começar a tocar quando você chegou. Você pode esperar um pouco?
─ Claro que sim. - ele falou e minha mãe o levou até o sofá, onde sentaram.Começamos a tocar uma composição do meu pai, que fazia músicas extremamente lindas. Eu não me canso de ouvi-las e tocá-las.
Enquanto tocava com ele esqueci o mundo lá fora e me concentrei somente na música que me dava uma paz. Tocamos duas músicas dele, e quando terminamos tivemos alguns aplausos.
─ Nossa, que lindo. Tanto a música quanto vocês dois tocando. Muito bom. - falou Ian.
─ Obrigado. - falou meu pai gentilmente.
─ A música é dele. - falei e Ian compreendeu.
─ Você é um compositor muito bom. - falou ele novamente.
Meu pai agradeceu com um sorriso.
─ Está na hora de irmos não é? - falou meu pai para minha mãe e eu senti as lágrimas queimarem o meu rosto. Minha mãe ao me ver também não suportou e começamos a chorar.Eu e Ian o fomos com eles até a garagem do prédio.
─ Tchau mamãe. ─ Tchau papai. - falei e dei um abraço em cada um deles.
─ Vá nos ver meu amor. - falou minha mãe. ─ Você também Ian. Está mais que convidado. Diga a sua mãe que estou com saudades dela e que também é mais que bem vinda.
─ Com certeza eu vou falar sr. Adams.
Meu pai chegou perto do Ian.
─ E você, nada de segundas intenções com minha filha. Não é pra ficarem sozinhos em casa também não e vão estudar em outro lugar. De preferência que passe muitas pessoas. Eu não estou de olhos mas o meu pai está.
─ Claro sr., não tenho nenhuma intenção errada com sua filha.Eu dei um abraço neles mais uma vez e entraram dentro do carro e se foram. Senti minhas lágrimas outra vez.
Ian esperou só eles irem, para perguntar.
─ De onde ela conhece minha mãe? - perguntou ele confuso.Enquanto voltávamos para o AP eu expliquei para ele de nossas mães.
─ Bem típico da minha mãe. - ele falou quando eu terminei de contar.
─ E da minha. - falei e rimos.
─ Vamos estudar?
─ Claro. Mas vamos pra onde?
─ Eu já sei.
─ Pra onde vamos? - perguntei.
─ Um lugar lindo. - ele falou.
─ Posso levar comida? Não tomei café ainda.
─ Claro que pode. - ele falou e eu fui pegar uma cesta e colocar comida dentro.¤¤¤
O capítulo não está do tamanho que desejo mas compensarei vocês depois.
Não esqueçam das estrelinhas e comentários.
Que Deus abençoe todos vocês. Paz do Senhor.
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No Tempo de Deus
SpiritualHistórias de amor é o que resume a vida de Katherine Adams. Ela começa com o primeiro amor onde o Salvador deu a Sua vida por ela e por toda a humanidade. Esse gesto à ganhou, por inteiro. Até que surge o amor que traz decepções e dores. Ian Hunter...