Capítulo 32 - Revolta

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O fim de semana todo foi uma verdadeira tortura, Clara não me deixava sair por nada, o fato de eu ter quebrado duas costelas a fizeram ficar mais chata do que o de costume

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O fim de semana todo foi uma verdadeira tortura, Clara não me deixava sair por nada, o fato de eu ter quebrado duas costelas a fizeram ficar mais chata do que o de costume. De fato eu estava sentindo bastante dor e fiquei a maior parte dos dois dias a base de remédios que me deixavam com sono o suficiente para não conseguir me levantar, foi com muito custo que convenci Clara a ir ao shopping para me comprar um celular novo, e no finalzinho do domingo ela por fim chegou com ele.

— Acho melhor não trabalhar amanhã! — Sua voz quase maternal escorria preocupação, eu sabia que ela não fazia por mal, mas às vezes era um tanto quanto sufocante o excesso de cuidado dela. Nem com Adam ou com Brian ela era tão cuidadosa assim.

— Se eu acordar com dor fico em casa, caso contrário eu irei, não há o que fazer, a lesão vai se recuperar sozinha Clara, não pretendo ficar seis semanas em casa até estar bem.

— Dylan... — Ela se sentou ao meu lado na cama enquanto eu ligava o novo celular para instalar os aplicativos que eu usava no dia anterior.

— Clara, obrigada pelo celular, eu realmente queria ficar um pouco sozinho — Disse sem nem olhar para ela, eu amava muito a minha prima, mas tinha horas que era angustiante ficar perto dela, ainda mais quando ela forçava a sua presença de modo tão sufocante.

— Certo — Havia tristeza em seu tom de voz, mas ela se ergueu e saiu do quarto por fim.

Suspirei aliviado, eu não era uma criança, e definitivamente não era filho dela para precisar de tantos cuidados. Atento ao novo celular, eu fiquei por quase três horas baixando tudo que eu precisava na nuvem e instalando um monte de coisas nele. Depois desse tempo com todas as mensagens carregadas no meu aplicativo de mensagens fui abri-lo para saber se tinha algo relevante. Tanto sobre Amber, quanto sobre Brian.

Uma mensagem inesperada de Mia, uma antiga vizinha da casa que eu morava no Bronx e que uso atualmente para stalkear Amber de vez em quando, estava brilhando no aplicativo. Engoli em seco, com certeza era algo relacionado a Amber. Senti meu coração acelerar, eu já havia me autoflagelado emocionalmente por todo o fim de semana ao imaginar como ela estaria depois da merda que eu fiz. Abrir o vídeo que ela enviou com toda a cena causada por Amber em frente a minha casa e o desespero que ela estava ao ver isso me deixaram sem chão.

Eu nunca havia visto Amber tão transtornada como ela estava tentando abrir a porta daquela casa. Respirei fundo me sentindo ainda pior por tudo. Até mesmo aquela vozinha irritante que foi construída na base da mágoa que me dizia que ela merecia tudo que eu fiz ficou em silêncio naquele momento. Abaixei o celular para evitar olhar mais daquela cena. Meu coração estava apertado e eu estava me sentindo culpado demais para conseguir encarar essa cena novamente.

Levantei da cama com um pouco de dificuldade sentindo dor nas costelas e no coração. Eu não era igual a ela, eu era pior. Em que ponto dessa vingança eu me perdi desse jeito. Andei até o cofre que havia no meu closet e o destranquei. Nele eu guardava as malas que foram roubadas de Amber e Emma quando elas se mudaram para o Bronx. Eram muitas e tinha objetos muito caros. Abri uma que eu tinha certeza ser de Amber, havia uma caixa grande, daquelas que se guardam joias, a carreguei para a cama e me acomodei de novo.

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