Capítulo 34 - Consolo

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Meu coração estava acelerado em um nível preocupante, nunca antes havia experimentado um misto de emoções tão profunda e conflitante como a que eu sentia

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Meu coração estava acelerado em um nível preocupante, nunca antes havia experimentado um misto de emoções tão profunda e conflitante como a que eu sentia. Sai da sala de Dylan sentindo meu mundo se afundar em novas questões que até antes eu era ignorante sobre. Passo por Clara que me olha com uma expressão estranha. Seus olhos arregalados me mostram que se não ouviu tudo ao menos parte do que conversamos ela conseguiu escutar. A ignoro e sigo para o elevador a fim de sair desse lugar.

Minha mente estava explodindo em um espiral de informações. Um quebra cabeças que eu ainda não tinha sido capaz de montar até o momento deixando tudo claro. Tudo por fim começava a fazer tanto sentido que eu me repreendi por ter demorado tanto para perceber. Como eu fui burra! Como eu fui estúpida. Achei que ele apenas estava se aproveitando da oportunidade que apareceu quando perdemos tudo para se vingar de mim. Na minha cabeça ele foi sortudo e conseguiu o que desejava, mas não. Ele foi o condutor das minhas desgraças.

Deus! Como ele foi capaz de mandarem me assaltar?

Dylan contratou aqueles homens para me assaltar, eu e mamãe poderíamos ter nos machucado se reagíssemos. Mamãe caiu com o susto, praticamente passamos fome quando ele levou tudo que tínhamos. Se ele tinha acesso a minha presilha, então provavelmente ele tinha acesso a todo o resto das minhas coisas. Minha pequena fortuna. Como eu o odeio. Como eu o desprezo. Esse Dylan é outra pessoa, não o meu Dylan, não o Dylan por quem eu me apaixonei.

Meu Deus! Que homem é esse?

Ele me tirou tudo, por sorte tivemos o auxilio de Bob com a casa, e o auxilio dessa Clara idiota aparecendo com a vaga e me indicando... Fechei os olhos! Como eu era estúpida. Coloquei as mãos na cabeça sentindo tudo desmoronar de um jeito que eu não conseguia mais controlar. Foi Bob quem indicou Dylan para trabalhar conosco anos atrás. Foi ele quem o colocou na nossa casa. O pai de Clara, da mesma Clara que me detesta.

Meu Deus! Fecho os olhos exasperada, as lágrimas secaram, o choque me tomou de tal modo que ainda estou engolindo e associando tudo que me aconteceu. Meu cérebro trabalhando a mil para conectar cada pequena coisa. Foi ele, sempre foi ele! Papai tinha me dito em algumas visitas que desconfiava que alguém próximo tinha o traído e entregue documentos que o fizeram ser preso. Contudo ele não conseguia descobrir quem era o traidor. Estava o tempo todo na nossa cara, ele era amigo íntimo de papai, claro que seria fácil conseguir colocá-lo na cadeia. Sei que papai não era santo, mas não consigo entender as razões para irem tão longe para prejudica-lo.

Chego ao banheiro e me sento no banco me sentindo completamente desolada, perdida. Estou quebrada. Não conseguia distinguir exatamente o conflito de sentimentos que me assolavam nesse momento, a única coisa que eu sabia quem que sentia era ódio, muito ódio. Minha vontade era de ter uma arma nesse exato momento e estourar a cabeça de Dylan com ela.

Eu ia pedir perdão a ele, meu Deus, eu ia me humilhar mais uma vez aos seus pés para que ele me perdoasse e não me tratasse mais mal. Eu acreditava que com isso de algum modo eu pudesse ter o meu Dylan de volta. Eu ia me rebaixar a ele e erguer a bandeira branca, estava pronta para assumir a derrota. Quando estava em sua sala eu vi o reflexo na minha presilha, soube a verdade. Eu amava aquela peça, era a que eu mais usava. Recusei-me a acreditar de imediato que era realmente aquilo, precisei ver mais de perto, apenas para confirmar tudo que eu queria que fosse mentira.

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