Capítulo 30 - Descobertas

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Tudo havia ido do zero a cem em questão de segundos

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Tudo havia ido do zero a cem em questão de segundos. Nossos corpos unidos de forma extraordinária. Ela era quente, tão quente, estar dentro dela depois de tanto tempo foi como chegar mais perto do céu. Provar aquela boceta de novo, muito mais deliciosa do que eu me lembrava, me deixou em êxtase. A vontade de consumi-la e me tornar apenas um com aquela mulher me deixou em um estado de nirvana quando tudo acabou que eu sou incapaz de encontrar palavras para descrever. Em simultâneo, em que todo o furor ia ruindo, eu comecei a ser atormentado com o dia em que todo o castelo que construí para nós dois despencou.

Dizem que pequenas escolhas conseguem definir toda uma vida, estou certo disso agora. Uma raiva sem precedentes me fez agir como agi com ela. Um troglodita da pior espécie. Um sabor amargo povoava meus lábios ao pensar nisso. Eu fui a mesma pessoa que tanto julguei e tanto condenei. Eu agi do mesmo modo que ela. Fui baixo, mesquinho e podre. Confesso que no momento de emoção eu o fiz para me provar que ela havia mudado de alguma forma, mas ver que ela aceitou o dinheiro foi uma decepção tão poderosa que na hora eu fui incapaz de entender a magnitude do que eu tinha feito com ela.

Eu ofereci um pagamento em dinheiro para ela em repetição a um ato dela no passado bem similar, mas me arrependi no momento seguinte. Contudo, como já o tinha feito, fui incapaz de recuar, por isso mantive a minha pose mesmo que já me sentisse mal ao olhar a tristeza em seus olhos. Estava convencido de que ela, se não discutisse comigo, ao menos viraria as costas e iria embora, ofendida com a minha ação.

Mas para a minha decepção total, Amber me surpreendeu mais uma vez, ela não gritou, não se virou, não tentou me bater pela ofensa, nada disso, ela estendeu a mão e pegou o dinheiro, como uma perfeita vadia interesseira, eu não pude deixar de sorrir de modo sarcástico, ela não aprendeu nada, e talvez ela nunca fosse aprender, cheguei aquela conclusão. Eu fiquei perdido e decepcionado com tudo após isso. Ela sair da sala me fez perceber que talvez fosse a hora de nos livrarmos da presença um do outro. Eu já não sabia mais como continuar com isso, e ela visivelmente já não tinha mais forças para lutar.

Nós dois éramos uma causa perdida. Não haveria salvação para nós. Jamais.

Sentei na cadeira tentando colocar a minha mente no lugar, tentando encontrar formas de resolver todo aquele emaranhado de tragédias separadas. Eu a deixaria em paz, a manteria na empresa apenas até a audiência do pai dela, depois devolveria todas as coisas dela e a deixaria seguir a sua vida sem a minha interferência. Ela jamais mudaria, e eu jamais deixaria de desejá-la. Éramos péssimos juntos, por mais que eu me esforçasse, seria sempre assim.

Na segunda-feira eu conversaria com Sophie, esclareceria coisas que não a contei quando a encontrei, ela precisava de mais informações do que dei. Ela as merecia. Pensar em Sophie foi como um tapa de leve em meu rosto, pensar que no passado eu tive a chance de revelar isso para Amber me faz sentir estúpido, se ela soubesse do que eu sabia na época, e soubesse das mentiras dos pais, talvez ela tivesse me escolhido ao invés deles.

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