A segunda feira chegou me cobrando escolhas. Como eu tinha determinado para a minha vida, eu simplesmente não fui trabalhar, não avisei e não falei com ninguém os motivos de não ter ido, me recusava a falar com qualquer pessoa. Recebi ligações de Clara e de Sophie, Clara com certeza queria brigar comigo e saber as razões para a minha falta, agora Sophie eu sabia que era de preocupação, mas ainda assim eu não queria falar com ela, não queria falar com ninguém. A única coisa que eu queria era ficar escondida naquela casa até ter forças o suficiente para decidir para onde ir.
Extremamente irritada com isso e sem a mínima disposição pare ler mensagens fosse de quem fosse, ou ouvir os inúmeros áudios que eu tinha recebido, tomei uma decisão simples. Desliguei o celular. Questionei-me os motivos de não ter pensado em fazer isso no dia anterior, mas agora me parecia tão óbvio que foi a primeira coisa que fiz quando vi as inúmeras ligações e mensagens. Assim seria mais fácil sumir.
Fiquei o restante da manhã deitada na cama, só me levantava para ir ao banheiro quando minha bexiga não aguentava mais se segurar. Mesmo assim retornava no segundo seguinte, não senti sede ou fome. Só sentia vontade de morrer. Pensei que dormir me ajudaria, mas para meu total infortúnio foi o contrário que aconteceu. Dormir fez com que minha mente descansasse e isso me deu mais clareza para ver as coisas.
Dormir fez com que as lembranças do passado ficassem mais intensas e poderosas na minha mente. Isso me deixava mais deprimida ainda. Por mais que eu tentasse inutilmente não me sentir culpada por isso, eu sabia que parte de tudo que estava me acontecendo era apenas retaliação. Consequência. Uma terrível e fodida consequência das minhas próprias escolhas. Dylan queria me quebrar em pedaços, e tenho medo de admitir que ele está conseguindo fazer isso.
Minha mente ficou vagando incansavelmente pelo presente, pelo passado, pela noite inconcebível que tínhamos tido. Tudo ia e vinha como um espiral poderoso em minha mente. Eu não conseguia encontrar uma forma de sair daquilo, apenas me sentia despedaçada demais para fazer qualquer coisa, mas uma coisa era certa, eu não voltaria mais para a empresa, eu estava a ponto de preferir morrer a ver Dylan mais uma vez na minha frente.
Raiva e culpa me consumiam de um modo que eu não achava ou acreditava ser possível. Eu estava em um fluxo de dicotomia emocional que eu nunca havia sentido na vida. Já fiz muitas coisas erradas e já magoei muita gente, mas ser lembrada disso, de como era sentir isso na pele estava sendo pior do que eu podia imaginar. Sentir culpa era doloroso e cruel, era a vingança perfeita para qualquer pessoa, me pergunto o que Dylan falaria se soubesse que eu me sinto tão mal pelo que fiz com ele que queria ter coragem o suficiente para pedir perdão.
E eu estava decidida a fazê-lo depois que transamos, de verdade. Mas ao invés dele ser um homem melhor, ou ao menos o que ele já foi um dia e ter apenas me escutado, me humilhou mais ainda, me colocando como lixo, me tratando como resto, como uma qualquer. Como se e fosse apenas um corpo para satisfazê-lo e aliviar as suas tensões, era quase impossível ignorar o bolo que subia pela minha garganta.
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A Faxineira do CEO
RomanceNÃO É DARK! É UM DRAMA COM ENEMIES TO LOVERS ! CONTÉM HOT! 🔞 Amber é uma moça jovem rica e mimada, que sofre com a perda do patrimônio de sua família após seu pai perder tudo devido a golpes cometidos por ele ao longo dos anos, com isso ela e sua m...