Capítulo 06 - Espera

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O choque ao ser rebaixada a um cargo como o que Dylan me colocou, para trabalhar limpando o chão da empresa que se sabe lá Deus como ele conseguiu se tornar chefe, considerando o fato de anos atrás ele ser um simples empregado, não foi tão grande ...

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O choque ao ser rebaixada a um cargo como o que Dylan me colocou, para trabalhar limpando o chão da empresa que se sabe lá Deus como ele conseguiu se tornar chefe, considerando o fato de anos atrás ele ser um simples empregado, não foi tão grande quanto o choque de vê-lo me rejeitar. A rejeição dele doeu de um jeito que eu não esperava, isso jamais havia acontecido comigo antes, em qualquer situação ou com qualquer outra pessoa que eu já tenha ficado algum dia na minha vida, mas ele simplesmente resistiu e ainda me humilhou, como se nada do que nós tivéssemos vivido algum dia tivesse tido qualquer relevância.

Me tratou como lixo!

Eu tive que fazer o maior esforço que eu já tinha feito na minha vida naquele momento para não surtar e dar a ele oportunidade para me rebaixar mais ainda do que eu já estava sendo rebaixada. Era o fim para mim, como se não bastasse a essa altura eu já estar pobre, sozinha, morando na periferia, eu ainda precisava trabalhar com um cargo tão subalterno quanto era possível e ainda era rejeitada por um homem que sempre correu atrás de mim. 

Eu sabia que ele ainda me desejava, mesmo negando com suas palavras cruéis, seu corpo me correspondia tão intensamente que seria ridículo ele tentar negar, tanto que não o fez, me beijou de volta, me tocou. Mas isso não foi o suficiente dessa vez.

Eu ainda não faço ideia de como eu consegui me manter firme diante de Dylan sem chorar, pois era a única coisa que eu sentia vontade de fazer quando ele me rejeitou, chorar e gritar. Eu precisava sair daquele lugar o mais rápido possível, sem olhar para ninguém, eu precisava pensar e encontrar urgentemente uma forma de sair dessa armadilha criada pelo destino para colocar Dylan em uma posição de poder onde ele pudesse me subjugar ao seu bel prazer.

Peguei os benditos uniformes de suas mãos firmes e quentes, me esforcei para falar, e após agradecer a ele pela oportunidade de ouro que em toda a sua glória ele pode me dar, eu sai de lá. Saí daquela maldita sala torcendo para que ele não notasse que eu estava quase desabando, passei pela mesa de Clara me forçando a ser educada, mesmo que eu começasse a desconfiar que ela estivesse genuinamente interessada em me prejudicar ao invés de me ajudar, e com um aceno me fui. Apenas para engolir a raiva ao ver o sorrisinho debochado em seu rosto.

Por que ela me ajudou se simplesmente quer me ver na pior? Desgraçadinha arrogante!

Entrando no elevador me mantive firme, eu não poderia chorar, não ali, não assim, de alguma forma que eu ainda não sei explicar como, eu consegui sair daquele prédio. Livre momentaneamente daquela tormenta eu corri para a estação de metrô e fui para casa, o metrô estava cheio, mas eu estava tão aturdida que não consegui se quer me incomodar com as pessoas que estavam ali, eu só queria ficar sozinha, completamente sozinha, o mais rápido possível para poder desabar sem que ninguém pudesse me ver.

Depois do que pareceu ser uma eternidade, eu finalmente tinha conseguido chegar ao lugar que mesmo que eu odiasse, ainda era o local mais próximo que eu tinha de um lar, e hoje o único local que eu tinha para correr, entrei trancando a porta e corri para o quarto no segundo andar. Assim que vi a minha cama desabei nela, imediatamente as lágrimas que eu prendi por tanto tempo começaram a cair uma atrás da outra, começou lento, mas em segundos eu já chorava descompassadamente.

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