Capítulo 20 - Dia Seguinte

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Tudo tinha ido de zero a cem em uma velocidade absurda, como eu me deixei levar desse jeito, meu Deus, como eu me permiti transar com ele depois de tudo que ele fez

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Tudo tinha ido de zero a cem em uma velocidade absurda, como eu me deixei levar desse jeito, meu Deus, como eu me permiti transar com ele depois de tudo que ele fez. Depois das humilhações, da indiferença e da forma como ele agia comigo. Como eu me entreguei sem reversas assim? Só de pensar que eu estava disposta a pedir perdão a ele faz eu me sentir ainda mais estúpida do que antes, eu jamais deveria ter entrado naquela sala, uma advertência por não cumprir minha função seria melhor do que aconteceu depois disso.

Eu era uma idiota mesmo ao achar que eu poderia usar essa situação ao meu favor. A minha desvantagem era tão palpável que me fazia sentir como uma perdedora de merda. Eu dei a ele o que ele queria e fui tratada pior que uma prostituta. Como eu pude ser tão estúpida?

Dylan Cooper não é mais o mesmo homem que eu conheci um dia, ele não é mais o cara gentil que me respeitava e fazia tudo que eu queria para me agradar e me ver sorrindo. Aquele homem do meu passado não existe mais, ele morreu e estava completamente enterrado. Eu devia parar de associar esse novo Dylan a ele, pois ele não está mais aqui. Eu me esforcei, tentei me manter longe e fazer tudo certo, mas pelo visto ele não vai medir esforços para me diminuir e me humilhar cada vez mais, então eu não tenho razões de tentar ser melhor com ele.

Segui para minha casa em uma velocidade que eu fui incapaz de notar. Eu já tinha recebido mais de um mês de trabalho, estava economizando boa parte do salário para conseguir dar seguimento a algumas ideias que eu tive nesses dias, mas eu podia me dar a um pequeno luxo dessa vez. Chamei um taxi. Não demorou muito até que eu chegasse em casa, entrei e notei que ainda usava o uniforme nojento de faxineira, nem lembrei de me trocar de tão desesperada que eu saí da sala dele. Corri para o meu banheiro sentindo uma viscosidade incomparável em minhas pernas. Ele nem usou uma camisinha.

Mais um problema para me preocupar, desde que cheguei ao Bronx que eu não tomo mais qualquer contraceptivo. Foram tantos os problemas que vieram depois, e o fato de eu não sair com mais ninguém também me ajudou a esquecer dessas questões práticas. Agora já estava tarde e eu estava desorientada demais, porém, assim que amanhecesse eu iria a uma farmácia para resolver essa questão. Compraria uma pílula do dia seguinte e evitaria mais um possível problema para a minha vida.

Tirei a minha roupa e notei que estava sem calcinha e sem sutiã, as peças não estavam comigo, só de pensar que haviam ficado na sala dele eu já sentia raiva. Muita raiva. Mas agora isso não me serviria de nada, eu entrei no box e liguei o chuveiro no quente, no mais quente que era possível, o cheiro dele estava forte em mim, o cheiro do sexo que fizemos estava me matando. Eu só queria esquecer que algum dia nós tivemos algo de bom. Só queria esquecer aquilo que ele já foi para mim. Só queria esquecer tudo que eu fiz.

Não existia mais nada de bom nem no presente e nem no passado. Ele aparecer na minha vida foi uma desgraça, se eu não o conhecesse, talvez hoje, mesmo com a queda do império de meu pai eu não estaria nessa situação. Eu até poderia estar pobre, mas ao menos eu poderia ter escolhido em que trabalhar e não precisaria ter me submetido a esse desgraçado. Senti meus olhos ardendo enquanto lágrima atrás de lágrima descia de meus olhos, mas dessa vez não as contive, as deixei cair livremente, pois eu precisava me libertar desse sentimento terrível que me consumia como fogo.

A Faxineira do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora