Capítulo 38 - Ruptura

289 43 19
                                    

Eu deveria ter ido visitar meu pai; até tentei, na verdade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu deveria ter ido visitar meu pai; até tentei, na verdade. No entanto, não consegui entrar no presídio. Os dias de visita dele eram aos domingos e quartas, e hoje ainda era terça-feira. Eu não conseguiria falar com ele até amanhã. Ciente de que tinha que esperar, retornei à casa de Sophie. Ela ainda não tinha chegado do trabalho, então tratei de preparar um jantar simples para quando ela chegasse. No dia seguinte, eu iniciaria meu trabalho novo como garçonete em uma lanchonete próxima a casa de Sophie

Será que se eu fizesse o convite, Sophie fugiria comigo?

Refletindo sobre tudo que eu descobri, mal vi o tempo passar e logo Sophie chegou. O jantar foi calmo, eu não conseguia falar muito, e apesar de estar me sentindo muito chateada com toda a situação que descobri, ainda assim eu sentia meu coração com uma paz que eu não me lembrava alguma vez ter sentido, então apenas desfrutei dela. Tudo ficaria bem no final. Eu só precisava seguir em frente, e deixar tudo para trás.

O dia seguinte veio em uma velocidade imensa e logo eu comecei a trabalhar, era meu primeiro dia e eu me saí super bem, sem muitos problemas na verdade, penso que depois de tudo que fiz na Make-Pro, qualquer outra coisa que me derem para fazer eu faria com muita facilidade. Fiz uma amizade sutil com uma outra menina que também trabalhava aqui, Lisa, ela me treinaria durante o período de um mês, se minha adaptação fosse boa eu poderia participar das escalas de turnos maiores, o que representavam mais dinheiro, e no momento não havia mais nada que eu desejasse.

— Você está se saindo bem novata. Se sorrir bastante pode conseguir muita gorjeta por aqui, com esse rostinho de princesa, isso aqui vai lotar em uma semana.

— Não é bem assim. — Falo me sentindo tímida com o elogio.

— Você sabe que sim — olho para ela e sorrio, ela sorri de volta e pisca para mim — apenas aproveite e faça um extra.

— Vou fazer!

— É assim que se fala! — Lisa sai para atender uma outra mesa e eu recolho os pratos dos clientes que estavam saindo, dando seguimento ao trabalho do dia.

Quando olhei para o relógio notei que já era quase noite, e os planos de visitar meu pai foram por água abaixo, apesar de ser quarta-feira, o horário de visitas já havia acabado, uma angústia me tomou ao notar que mais um dia se passava sem que eu pudesse ajudá-lo a entender quem estava por trás de tudo.

Respirei fundo para evitar que o desespero me consumisse, no domingo eu iria lá e ele teria tempo, ainda faltariam duas semanas para a audiência, ainda haveria tempo do advogado dele montar uma estratégia de defesa, mesmo que eu achasse que provavelmente ele pegaria uma pena bem grande considerando o tempo que Dylan e sua família bizarra, até então desconhecida estavam tramando sobre nossas costas.

— Idiota — falo já dando um tapa na minha testa. Como eu sou burra, Dylan já planeja isso há anos, as memórias começam a vir como cascatas em minha mente. Todos os momentos em que ele falava frases que não faziam muito sentido, todo o tempo observando tudo ao redor, ele resolveu me usar para chegar ao meu pai. Solto um suspiro sofrido — ele quem me usava e não ao contrário.

A Faxineira do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora