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Amber é uma moça jovem rica e mimada, que sofre com a perda do patrimônio de sua família após seu pai perder tudo devido a golpes cometidos por ele ao longo dos anos, com isso ela e sua m...
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O restante do mês passou na velocidade da luz. Fui visitar meu pai todas as semanas, e nossas conversas soavam cada vez mais próximas e íntimas, como se finalmente nós tivéssemos tempo. Era irônico pensar que a gente vivia na mesma casa e nos últimos anos praticamente não tínhamos tempo para nós dois, eu não sabia explicar exatamente o que era, mas sabia que a nossa relação estava diferente.
Minha mãe não apareceu, tentei entrar em contato com ela algumas vezes para saber como ela estava, se estava tudo bem, porém em nenhuma das vezes tive qualquer retorno. Eu sei que deveria me sentir mais triste do que eu realmente me sentia a essa altura, mas até que eu estava lidando bem com isso agora, o abandono dela já não mexia mais tanto assim comigo como havia sido no começo.
Talvez isso tenha sido um dos grandes benefícios que eu ganhei ao conhecer a Sophie, era como se só estar perto dela sanasse qualquer falta que a minha mãe pudesse me fazer. De um modo que eu seria incapaz de falar em voz alta, no meu coração, eu desejava que ela fosse minha mãe, então cada minuto que ela podia me dar de sua atenção eu absorvia.
Era completamente irônico e curioso eu estar me sentindo tão bem com uma mulher que se fosse em qualquer outra situação da minha vida, eu jamais teria se quer despendido um segundo olhar, e agora me vejo correndo atrás dela como uma criança corre atrás de atenção. Não me julguem, eu sei o quanto eu posso ser insuportável, mas ao estar perto dela, eu consigo sentir que me torno alguém melhor, a presença dela por si só já me traz uma paz fora do comum.
Não é preciso nem dizer que sou incapaz de negar qualquer um de seus convites para ir a sua casa, e para minha alegria e certa surpresa ela refaz o convite toda sexta feira. Eu sempre ia, nós comíamos juntas, eu chegava mais cedo em sua casa nessas visitas, ela levou a sério a ideia de me ensinar a cozinhar, e eu de fato estava aprendendo, chegava na sua casa no sábado bem cedinho e depois preparávamos o almoço juntas, era sempre um prato diferente.
Depois do almoço passávamos a tarde toda conversando, e ela sempre me mandava uma boa marmita para casa, e geralmente era isso que eu almoçava no domingo antes de ir visitar meu pai. Quando chegava a segunda feira eu mal esperava para chegar ao trabalho apenas para vê-la, e ela sempre estava ali para me recepcionar e me ensinar algo que me ajudaria muito com o trabalho do dia.
Não vou dizer que é simplesmente fácil limpar a sujeira dos outros, e também não vou dizer que eu simplesmente passei a gostar do serviço, pois isso seria no mínimo hipócrita da minha parte. Eu continuo odiando, mas o simples fato de estar com a Sophie já fazia o serviço parecer bobagem, como ela era a responsável pelo meu treinamento, nós duas literalmente passávamos o dia inteiro juntas.
Eu não sabia administrar uma casa, obviamente, nunca tinha precisado fazer isso antes, então Sophie simplesmente me ensinou como fazer isso, ela foi a minha casa algumas vezes após o expediente para me ajudar. Sophie me levou a algumas lojas, onde com o meu pagamento semanal eu consegui comprar alguns itens pequenos, e alguns poucos móveis que ajudaram a mobiliar melhor a casa, além de outros itens que realmente eram necessários.
