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             Quando Aidan passou por Marjorie e Harvey, a garota o seguiu com os olhos até o garoto sumir de suas vistas

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             Quando Aidan passou por Marjorie e Harvey, a garota o seguiu com os olhos até o garoto sumir de suas vistas. Seu sentimento era de falta dele? Ou era só vontade de conversar com ele? Engraçado porque conversa entre eles já era bem raro antes, imagina agora.

              — Tá tudo bem? — Marjorie o olhou.

              — Tá, tá tudo bem sim, só…

              — É o Aidan, né?! Ele te protegeu hoje. — Os dois caminharam para fora da escola e com Marjorie pensando sobre Aidan a ter protegido; ela realmente tinha gostado disso, mas não iria admitir.

               — Ele só fez aquilo por conta do Rob, sei lá.

              — Acho que não, sabe, pareceu que ele fez para te ajudar mesmo, nem pareceu o mesmo que diz te odiar. — Não respondeu nada em relação ao comentário de Harvey e de mão dada com ele seguiram caminho apé até sua casa. — Está entregue.

            — Obrigada por ter me acompanhado. — Se abraçaram.

Quando se separaram Harvey se aproximou de Marjorie e lhe deu um selinho. A garota o olhou sem jeito, ela até esperava que isso fosse acontecer e Harvey já havia deixado claro seus sentimentos por ela, entretanto, Marjorie já tava confusa, pensativa e sentindo saudade de Aidan. Se ficasse com o loiro naquele momento seus sentimentos e pensamentos a deixaria louca e por isso também não seria um beijo legal.

           — Posso te beijar?

           — Eu não tô no clima, foi mal. — Respirou fundo olhando para o lado — Eu preciso ir.

             — Tudo bem — O loiro sorriu entendendo Marjorie — Até amanhã.

             — Até. — Quando entrou em casa se jogou no sofá, achou que estava sozinha, mas seu padrasto sai da cozinha e se senta ao seu lado

             — Tem almoço se quiser. — Marjorie respirou fundo e concordou — Tá tudo bem?

              — Não sei. Já que tá aqui, posso te fazer uma pergunta? — Ele assentiu — Como descobriu que estava… sei lá, gostando ou…

            — Você quer saber como e descobri que está apaixonado por sua mãe? — Exatamente — Quando fiquei morrendo de saudade dela, não uma simples saudade que passa logo, mas senti muita falta dela quando eu fiz uma viagem de negócios e a imagem da sua mãe não saía da minha cabeça.

             — Mas isso não é para todas pessoas, né?! Eu posso estar apaixonada por alguém, mas sentir ódio por ela; quer dizer… — Suspirou derrotada — Não sei como isso funciona.

            — É diferente para casa pessoa, as relações de cada um é diferente. Eu e sua mãe sempre nos demos bem. — Diferente de Marjorie e Aidan — Mas por que quer saber sobre isso agora? Tá apaixonada?

           — Não sei! — Olhou para ele — É complicado.

           Marjorie foi para seu quarto e ficou lá a tarde toda, estava pensativa e de certo modo sentindo falta de falar com Aidan, nem que fosse para xingar ele. A garota em meios aos seus pensamentos acabou dormindo e só acordou por ouvir algumas vozes vindo do andar de baixo, pela hora sua mãe já estava em casa.
           Quando desceu as escadas viu quem mais queria sentado em seu sofá, certamente estava com alguém na sala, mas agora está sozinho. Virou para subir de novo sem falar com ele, mas fez barulho chamando sua atenção.

             — Marjorie.

            — Oi, Aidan. — Se olharam. — O que faz aqui?

            — Vim conversar com meu pai, ele acabou de sair, disse que foi buscar sua mãe.

           — Ele disse o porquê? Minha mãe tem carro.

             — Parece que o carro dela quebrou, ele pediu para eu esperar. — Concordou com a cabeça, a falta que Marjorie sentia era a mesma que a de Aidan. Continuaram se olhando por um tempo até Marjorie desviar o olhar e subir um degrau para voltar ao quarto — É… eu… não achei sua atitude de mais cedo burra e nem idiota, só não queria que se machucasse, quer dizer, aquele cara parecia louco.

           — Tá, eu… vou subir.

          — Quer assistir algo comigo? — Marjorie respirou fundo.

         — Eu não sei, a Liz pode ficar brava com você. Não falei antes, mas idiotas se dão muito bem, felicidades ao casal.

Aidan riu sarcástico.

           — Esquece o que disse, pode subir, eu espero sozinho! Nós nunca nos daremos bem mesmo. — Ele fala rude.

            — Espera que eu diga ao contrário? Por favor, não. — Aidan bufa e abre a porta indo embora sem falar nada. Marjorie errou quando chamou Aidan e Liz de idiotas, na verdade no lugar de Liz é a própria Marjorie a idiota.

Ela se sentou no degrau da escada, respirou fundo. Ali percebeu que não importa o sentimento novo que está sentindo por Aidan, sempre foram assim e sempre serão;dois insuportáveis que se “odeiam”. Tem certas coisas na vida que não mudam, sua relação com Aidan é uma delas.

••••

              O dia de Aidan havia sido um saco, estava  meio mal com tudo o que estava acontecendo e se negava a contar para alguém sobre Marjorie, tinha se passado dois dias da pequena conversa na casa dela. Guardar tudo para si estava o fazendo mal. Aidan é orgulhoso demais para contar dos seus sentimentos para Finn ou para Jack.
           E para piorar sua situação, mais cedo reparou que Marjorie e Harvey estavam bem mais próximos, não sabia o que de fato rolava entre eles e também não tem ninguém que pudesse perguntar.
             Tinha chegado da escola há poucos minutos e sentado em sua cama pegou seu violão deslizando os dedos pelas cordas…

           —“Toda vez que eu olho, toda vez que eu chamo, toda vez que eu penso em lhe dar o meu amor… meu coração… penso que não vai ser possível, lhe encontrar… penso que não vai ser possível, lhe amar… penso que não vai ser possível, de conquistar… eu amo você menina… eu amo você, eu amo você menina…”

Uma boa trilha sonora para esse momento.

              — Que lindo! Para quem é essa música? — Respirou fundo, não esperava ver Liz ali — Oi, amor.

        — Oi, Liz — Ela dá um selinho em Aidan.  — Não é para ninguém, só tô espairecendo um pouco.

           — Entendi — Liz sorri, mas Aidan não consegue não ficar mal com isso; está fazendo a garota de tapa buraco. Logo sentiu lágrimas molhando seu rosto — Que foi? Por que tá chorando?

             — Não é nada, eu só tô um pouco triste hoje. — Se abraçaram —Me desculpa.

              — O quê?

              — Liz, eu…

              — Liz, eu…

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