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No segundo em que sua cabeça bateu no travesseiro, ela soltou um suspiro suave e fechou os olhos. Desde que ela dera à luz seu precioso filho, algumas semanas atrás, seu padrão de sono havia desaparecido. Ela se recusou a tirar vantagem de uma ama de leite, apesar de todos ao seu redor - incluindo seu marido - insistindo para que ela reconsiderasse a decisão.
Aemond fazia o possível para ser um marido obediente, mas era raro ele intervir e cuidar do pequeno Valerion, especialmente quando o menino não conseguia dormir durante a noite. Foi uma surpresa que ela conseguiu convencê-lo a colocar seu berço em seus aposentos conjugais, sabendo muito bem que Aemond adorava ter noites inteiras de sono. Mas ele simplesmente não conseguia dizer não a ela.
Esta noite foi uma das raras ocasiões em que ele decidiu se revezar com ela, portanto, ele ainda estava um pouco acordado quando ela foi para a cama depois de alimentar o filho e ele finalmente se acomodou.
Só para ter certeza de que ele realmente estava dormindo, ela se inclinou para frente e olhou para o berço, suspirando baixinho quando ouviu os sons distintos de roncos, indicando que ele estava em um sono profundo. “Ele está dormindo?” A voz rouca de Aemond veio atrás dela, carregada de cansaço e exaustão.
Ela cantarolou em resposta, movendo-se para deitar de costas, “Ele está.” A gravidez tinha cobrado seu preço. Ela mal teve permissão para sair da cama nos últimos meses até o nascimento, todas as juntas de seu corpo doíam ou estavam inchadas. Para desgosto de S/N, não melhorou depois que o filho nasceu.
“Deuses sejam bons,” ela suspirou, movendo seu corpo para ficar mais confortável, “Você deve buscar um meistre para mim amanhã... Estou tão dolorida.”
O que ela não podia culpar dele era o cuidado e também a preocupação que ele teve com ela durante toda a gravidez e mesmo após o parto. Então, não foi nenhuma surpresa que ele praticamente se sobressaltou com a menção de desconforto, o cansaço desapareceu antes mesmo que as palavras saíssem de sua boca.
“Como posso consertar seu desconforto, ñuha dōna ābrazȳrys.” Ele meditou, o timbre suave de sua voz misturado com preocupação. Minha doce esposa. Não era uma pergunta e S/N sabia disso. Ele já sabia como aliviar a dor.
Um zumbido cansado retumbou em seu peito, e quando seus olhos se abriram, ela o viu já olhando para seus seios. Mesmo na penumbra de seus aposentos compartilhados, era visível que seu olho violeta estava escuro e cheio de luxúria; até mesmo a safira parecia ser um tom mais escuro, mas isso era apenas obra das sombras.
