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um homem de pouca paciência, às vezes era muito fácil irritar lucerys velaryon.
aqui estava você, sendo perseguida pelo príncipe de driftmark, carregando uma de suas cartas na mão. o que foi transcrito na carta, você não sabia e não se importava, mas era o fato de que só assim você conseguia desviar a atenção dele do trabalho.
passos altos trovejam pelos corredores de driftmark, seguidos por seus gritos de alegria. houve uma correria indescritível - algo que tornou esse momento mais emocionante do que deveria. lucerys está chamando seu nome freneticamente, sua voz engrossada pelo aborrecimento que você tinha certeza de que não era ruminativo.
seus pés carregam você leve e rápido, dançando pelo espaço vazio entre os comissários de driftmark. você conseguiu passar pelo grande salão, o refeitório e a torre de apartamentos antes que a distância entre você e o lucerys agora diminuísse rapidamente. é segundos depois de você perceber que ele está muito perto que a mão dele alcança seu pulso, apertando-o apenas o suficiente para puxá-lo suavemente para uma parada.
você para abruptamente e cai graciosamente na parede. o baque repentino nas costas causa uma leve dor, mas não chega a incomodar. você está rindo e sem fôlego. lucerys está ocupado divagando sobre o papel que está em suas mãos, resmungando sobre como era para sua mãe e continha informações importantes.
o olhar severo que ele lhe dá é o suficiente para provocar um frio na barriga. sendo amigos íntimos, vocês dois nunca cruzaram a linha com medo de arriscar a amizade que compartilhavam. agora, você se sentiu compelida a se catapultar além da linha.
sua voz está ofegante e vacilante, trêmula devido à instabilidade que a corrida de longa distância havia causado, “beije-me”.
a frase sai mais como uma exigência do que como um pedido. apesar de como seu peito arfava, suas palavras são claras. lucerys para ao ouvir suas palavras e quase se pergunta se ele havia imaginado. ele abre a boca e quase nega – ele sente como se isso fosse algum truque. a respiração dele se mistura com a sua e você observa o olhar dele piscar hesitante de sua boca para seus olhos.
depois de um momento dando a si mesmo alguma clareza e segurança, lucerys avança e conecta seus lábios com os seus. eles são macios e gentis, movendo-se em um movimento constante que permite que você se encaixe facilmente. são quase como duas peças finais do quebra-cabeça; duas peças faltantes que se encaixavam para completar a representação. o movimento suave é suficiente para empurrá-lo contra a parede. ele se aproxima de você, seu peito no seu e sua mão contra a parede perto de sua cabeça para se firmar. a mão que segura seu pulso é esquecida, pois essa mão se ergue para acariciar seu queixo.
ele se afasta, olhos agitados e cílios beijando suas bochechas sardentas. ele lhe dá um sorriso de menino. uma risada ofegante sai de seus lábios e ele se junta a você. sua mão vai para o cabelo dele e você o bagunça suavemente, franzindo o nariz.
lucerys lambe os lábios antes de se mover lentamente para beijá-lo novamente. desta vez, é menos apressado e mais pensado. ele leva seu tempo, influenciado por si mesmo mais do que por suas palavras. ele está quase bêbado com a ação e se afasta antes de esquecer onde vocês dois estão. é muito público para o que ele está pensando em fazer.
“você tem um gosto mais doce do que eu imaginava,” ele diz depois de algum tempo. você abre a boca em choque fingido, batendo gentilmente no ombro dele.
“você imaginou isso?”
ele encolhe os ombros, a mão caindo do seu rosto para pegar o documento da sua mão, “mais de uma vez, na verdade”.
