Pingos

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Enquanto da chuva cai um pingo,

Sobre mim, começo a pensar,

Nesta triste noite de domingo,

No martírio, ponho-me a chorar


Vendo a vida correr lá fora

Percebo que sonhos vêm e se vão

Entrelaçam-se em boa hora

Para manter unida toda a multidão


Mas cá estou isolado,

Do medo, me refugio

No tempo, permaneço parado

Mantendo somente meu olhar vazio


Vejo o relógio se mexer,

Os pingos percorrem pelo meu cenho

O maior medo que hoje tenho

É de o presente nunca viver

Livro de PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora