À sórdida terra onde desabrochei,
Deixo todas as pétalas das minhas flores
Alimentadas com o sangue que chorei
Das minhas pérolas negras sem cores
Na terra vermelha não-me-toques
Ressurgirão pelo amargor do meu peito
Escorrerão o rancor ao confins do Oiapoque
Mas somente então estarei satisfeito
Quando o negror do meu sangue
Invadir teus olhos brilhantes de vida
Para corromper tua alma com a minha solidão
Para que quando enraizar-se ao bruto chão
Transforme tuas sonhadoras florestas coloridas
No mais trépido e desbotado mangue
VOCÊ ESTÁ LENDO
Livro de Poemas
PoetryEstes são apenas alguns poemas os quais escrevo, retratam principalmente sobre a vida, o homem e a sociedade. Aqui se faz presente a dor e o sofrimento, mas também a alegria e a felicidade.