Lágrimas

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Caí no chão quando senti aquela

Cruz pesada esmagando meus pecados

Com todas as cores da minha aquarela

Clamando pela volta do passado


Cores essas saíam dos olhares

Curiosos de um ser que já não existe mais

Contudo, apesar de sem pesares

Controlo-me para ficar em paz


Claras, escuras, sem tom ou vivas

Cheias de nenhum tudo e qualquer nada

Carregavam só coisas negativas


Como os circos de um espetáculo só

Continham arte pura, renegada

Com a falta de plateia reduziram-se a pó











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