Rebeldia

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Como sempre, retorna sem companhia,

Aproveita a solidão da noite estrelada,

Ela é a única presente nessas ruelas vazias,

Além desse espírito que quer pouco mais que nada.


Somente chegar na sua casa,

Mas será que ele quer mesmo chegar?

Afinal, seu lar é nessa estrada,

É onde ele quer ficar.


Ali, com o vazio o encobrindo,

Apenas com os piores animais,

Os rejeitados, pouco a pouco vão se descobrindo

Juntando-se pelo ódio aos reais.


Seu casaco nada mais é do que a ventania,

Sua proteção é o destino,

Mas ainda assim ele o desafia,

Sempre fora viciado nos cassinos.


A adrenalina o mantém na vida,

Além da solidão que o consome a cada segundo,

Mas o transforma numa figura controvertida

Que se alimenta da depressão

De um, não menos, controverso mundo.

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