Ressurreição

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Um grito empoeirado arranha os dentes

De um sorriso esmaltado em enjoadas mentiras

Estraçalha as teias ocas de um homem que não sente

Há tempos o sabor da liberdade na boca de safira


Estrangulada pela verdade sufocada nas memórias

Pronta pra chicotear os olhos de quem cega

Outros livros de suas próprias histórias

Outras flores da vida que as rega


Suas palavras chovem fogo no inverno

Dos olhos que ateiam ódio no seu jardim,

Das vozes enforcadas pelo pavor da solidão


Enquanto camélias ressurgem no coração

Do homem que sangrava liberdade, enfim

Sabendo que a liberdade era a cura do seu inferno










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