Espelho manchado pelo negrume do meu sangue
Lâminas atrofiadas na angústia de minha reclusão
Digo ao meu deformado reflexo: não se zangue,
Meu futuro é mergulhado num oásis de ilusão
A vida tão seca quanto a garganta de Fabiano
Grita com meu reflexo numa chicotada amarela
Do Soldado, do vômito, do ódio de um leviano
Ousado em sonhar com um amor de aquarela
Enclausurado pela estrutura de uma mente sádica,
Torturosa num corpo de desconhecida procedência
Sei que o restante de minha vida pragmática
Será um cenário de estagnada aquiescência
Sem um atrevimento pra contar história
Porque da minha vida de cinderela, resta apenas falsa memória
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Livro de Poemas
PoetryEstes são apenas alguns poemas os quais escrevo, retratam principalmente sobre a vida, o homem e a sociedade. Aqui se faz presente a dor e o sofrimento, mas também a alegria e a felicidade.