Importância

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Sem nem se importar,

Continuou me esmagando,

Faltou-me espaço, faltou-me ar,

Estava, sobretudo, delirando.


Por mais que pra cima olhasse,

De mim, não sentiam pena,

Somente me atropelavam, custe o que custasse

E desse jeito, me prendiam nessa cena.


Era quase inacreditável,

Como podem? Eu sempre os ajudei!

Mas a verdade é indubitável:

Não olharam pra mim como eu os olhei.


Essa triste realidade

Se clareou diante de mim,

Mas pena que agora é tarde,

Pena que já estou no fim.


Se soubesse disso mais cedo,

Talvez, hoje seria diferente,

Entretanto, a culpa é do meu medo

Que paralisou a minha mente.





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