Desatino

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Somos tal qual água e óleo

Que transbordam pelas velhas vasilhas

Desaguando nos riachos dos meus olhos

Divididos, inundados por Tordesilhas


Por que acometes a tal desatino

O coração selvagem de um pobre menino?

Despossado do livre arbítrio

De decidir onde será atracada


A minha caravela, vagante, perdida

Tão desesperada quanto dividida

Entre a realidade e a imaginação


Navega pelos meu e teu mares

E somente quando retorna a Sagres,

É transbordada por lágrimas de aflição

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