Eu queria poder gritar,
Gritar o quanto eu quiser,
Só pra ter certeza de que irá escutar,
Pra falar o que eu puder.
Mas disso, não sou capaz
Meu coração me impede, me trava,
Nessa terrível disputa, saio como mordaz
E sem dizer o que sonhava.
Sinto muito em não ser como gostaria
Que eu fosse, mas eu sou assim,
Mesmo que isso me dê uma agonia
De tamanho sem fim.
Não sei como isso mudar, infelizmente,
E por mais que lhe cause profunda dor,
Não tenho força suficiente
Para sair desse torpor.
Agora, você nem me conhece direito
E essa culpa eu assumo,
Se eu tivesse agido de outro jeito,
A realidade seria outra, eu presumo.
Tudo porque já fui um solitário
Que tentava tapar o sol com peneira
E agora, sofro como um otário
Diante dessa barreira.
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Livro de Poemas
PoetryEstes são apenas alguns poemas os quais escrevo, retratam principalmente sobre a vida, o homem e a sociedade. Aqui se faz presente a dor e o sofrimento, mas também a alegria e a felicidade.