Feito de ossos, de sangue,
Dos crimes e prepotências,
Da destruição dos mangues
E das podres condições de existência.
No começo, havia uma irmandade,
Companheirismo esse que foi abalado
Por uma suposta superioridade
De uns conjuntos armados.
Depois, um assalto, o saque das riquezas,
A invasão que dizimou todas as culturas
Dizimou até mesmo a natureza,
Se usando de desculpas hipócritas e impuras.
Aqui o comércio reinou:
Primeiro, com tintas e madeira,
Lucraram, até que isso se esgotou
E então tiveram de achar outra maneira.
Segundo, com um interminável plantio
Que adocicou a vida dos nobres
Mas deixou um amargor doentio
Na boca de todos os pobres.
Terceiro, com pedras preciosas,
Extraíram com ela a possibilidade
De um futuro sem ervas venesosas,
De um futuro com prosperidade.
Quarto, com uma bebida energética
Que abençoou os cofres já lotados,
Mas que humilhou a ética
E todos aqueles desalmados.
O quinto foi vendido em todos os itens antecedentes,
Pobres almas, comercializadas por vingança,
Que se transformaram em indigentes,
E delas, só resta uma vaga lembrança.
Depois disso, nada mudou,
A nobreza permaneceu assim,
A vida não melhorou
E a angústia do povo não teve fim.
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Livro de Poemas
PoetryEstes são apenas alguns poemas os quais escrevo, retratam principalmente sobre a vida, o homem e a sociedade. Aqui se faz presente a dor e o sofrimento, mas também a alegria e a felicidade.