Luta

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Estou ainda sem acreditar

Nessa enome besteira,

Por acaso tenho que aceitar

Que me joguem na fogueira?


Vejo uma enorme hipocrisia,

Pecadores julgando pecadores,

Deblateram outros, mas cometem a mesma heresia,

Têm os mesmos gostos, mesmas dores.


E no meio de tudo, cá estou

No fogo cruzado das eternas cruzadas,

Alguma triste alma me denunciou

E silenciar-me-ão com suas espadas.


Mas não aceito esse fim,

Continuarei a lutar, resistir

Porque mesmo que não atinja a mim,

A revolução permitirá alguém a existir.


O fatídico dia chegou, então,

Amarraram-me na cruz,

Pregaram meus pés e minhas mãos,

E foi aí que vi a luz.


Vi o passado, presente e futuro

E percebi que, no fim, haverá humanidade

Assim como houve no início de tudo,

No fim, haverá liberdade.




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