Flechas

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Meus olhos mergulhados no pântano da fantasia

Atraem-se pelo lamaçal de uma serpente

Fruto da azulada fuga da agonia

De ter um futuro mais cruel que o presente


Flechas atravessam as depressivas córneas

Curadas da visão de uma vida de virose

Para enxergar uma realidade banhada em esbórnia

Prometida nos meus sonhos, vivas na psicose


Assim, como Eva escolheu a sua maçã

Eu escolhi viver meu falso paraíso

Corroedor do juízo de uma mente sã


Saltei rumo a minha Terra Prometida,

Fui abraçado pelas flechas do manguezal

Perfurado meu carnaval, restou o inferno da minha vida 


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