A lareira está acesa nessa noite gelada,
Sozinho, na sala de estar
Me pergunto quando a madrugada
Vai, enfim, me levar.
Porque não tenho descanso,
Quando estou no ócio,
No embalo da tristeza, eu danço,
Ou me flagro pensando nos negócios.
Que por sinal, vão de mal a pior,
Nem tenho mais a esperança de que no futuro
Estarei numa condição melhor
Porque sei que meu destino é obscuro.
Ou preso no trabalho,
Ou preso na minha mente,
À prisão estou condenado,
De qualquer modo, estarei em alguma corrente.
Nem mesmo o meu vinho
Pode mais me animar,
Os prazeres somente me afimam
O quanto eu estou sozinho,
Sem alguém para sonhar.
Ou para sonhar comigo...
Enfim, a lareira está cada vez mais fraca,
Até mesmo a Lua está sumindo,
Talvez eu também deva ir indo,
Se dormir, acordarei de ressaca,
Mas sei que o sono também me livra desse castigo.
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Livro de Poemas
PoetryEstes são apenas alguns poemas os quais escrevo, retratam principalmente sobre a vida, o homem e a sociedade. Aqui se faz presente a dor e o sofrimento, mas também a alegria e a felicidade.