Naquele crepúsculo de quinta-feira,
O velho escorava-se no verde do jardim
Como soldado que do inimigo se esgueira
Ficando às sombras dos perfumados jasmins
Sob o julgo da luz do nascente luar,
O velho se despede de mais um dia
Sentido que talvez aquela seria
A noite de que não iria despertar
Já cansado, abandona a grama
Para sentar-se no balanço à frente do lar
E pela última vez, ele reclama
À imagem de sua neta querida,
Custosa de lhe abandonar,
Da pútrida cama em que dormia,
Da juventude das luas sangrias,
Silenciada pela sinfonia
Do estrondoso tintilar
Regido pelas infantarias
E aplaudido por um ou outro militar
Profere então, sua última bala perdida
Disparada pela sua branca voz ferida:
Oh paz! Somente agora que já estou louco
Sou invadido pelo seu grito rouco
Já cansado de tanto bradar
Mas mesmo que seja por pouco
Tempo, felicito-me em saber que a minha despedida
Será abençoada pelo teu som, oh paz!
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Livro de Poemas
PoetryEstes são apenas alguns poemas os quais escrevo, retratam principalmente sobre a vida, o homem e a sociedade. Aqui se faz presente a dor e o sofrimento, mas também a alegria e a felicidade.