Paredes Sujas

6 2 1
                                    

Torta e corcunda, passeia pela brancura

Das paredes sujas de memórias perdidas

Acompanhada de alguma rejeitada pela loucura

Apenas visitante naquele mundo de mil vidas


Os olhos verdes da tísica presos num ponto fixo

São recebidos com um tiro de canhão

De desconexos discursos prolixos

De uma não tão desconhecida prisão


Sentia-se numa angustiante liberdade

Cheia do silencioso vazio de saber nada

As brancas paredes embranqueciam-se cada vez mais


Esquecendo o que era saudade

Caiu nos braços da empregada

Embranquecendo também o corpo, para entrar em paz


Livro de PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora