Apego

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Tão devagar,

Tão tedioso

Sinto minha vida passar,

O tempo é tão oneroso.


Nunca faço nada,

E nada posso fazer

Para evitar essa jornada,

Para impedir o tempo de correr.


Isso tudo é tão cruel,

Estou preso, inerte

Viver a vida ao léu

Não me faz sorrir, não me diverte.


Enquanto o pássaro continuar

No meu relógio, aparecendo

Saberei que não irei mudar,

Serei mais um sobrevivendo.


Não posso ir adiante,

E nem voltar atrás

Estou preso no instante

Em que me deixaram pra trás.


Eles prosseguiram,

Liberaram o pássaro pra voar,

Eu o mantenho preso,

Porque sem ele, começo a chorar.




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